Milho
Os futuros do milho caíram ontem em Chicago (03/set), direcionados pela expectativa de clima positivo ao desenvolvimento das culturas.
O contrato para dez/19 fechou em US$ 3,61/bushel – queda de 2,17% ao longo do pregão, registrando o menor fechamento deste vencimento
Os mapas climáticos indicam chuvas dentro da média para o período, com temperaturas ligeiramente acima do normal em boa parte do Meio-Oeste, além de não estar no radar a presença de geadas nas próximas semanas.
E ainda, a passagem do furacão Dorian pode levar chuvas ao Corn Belt, cenário que precisará ser confirmado nos próximos dias.
Combinado ainda com as condições das lavouras que foram revistas positivamente nesta semana pelo USDA, as cotações não encontraram fatores para novas altas.
Nos portos brasileiros as negociações continuam lentas, com os preços mantendo-se estáveis com relação à semana anterior. Cenário parecido é observado pelo interior do país.
Nesta semana, foram registrados acordos ao redor de R$ 27,00/sc na região de Sorriso/MT. Os lotes foram comprados para atender o mercado externo, com valores estáveis ante as referências da semana anterior.
Boi gordo
Apesar das escalas de abate em algumas praças paulistas ligeiramente mais alongadas, o cenário de baixa disponibilidade de animais prontos mantém o mercado sustentado.
A maioria dos negócios são registrados ao redor de R$ 159,00/@, à vista e para descontar impostos.
Já em estados como o MS, MT e no norte do país, o cenário é de escalas mais encurtadas, já refletindo em reajustes positivos para as indicações do boi gordo.
Ontem (03/set), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 157,05/@, alta de 0,87% no comparativo diário.
Na B3, o contrato para outubro/19, fechou em R$ 160,10/@ – alta de 0,20 pontos ante o fechamento anterior. O contrato para novembro/19 manteve-se em R$ 162,00.
E ainda, o Minerva comunicou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta semana, que diante da crise argentina tem adotado posicionamento ativo em relação a suas exposições cambiais.
Protegendo as suas operações em um cenário de depreciação cambial, especialmente com as operações voltadas ao mercado internacional.
Soja
A valorização cambial aqueceu as negociações com a soja no mercado físico brasileiro nos últimos dias, mas essa semana começou mais lenta, especialmente com a bolsa de Chicago fechada na segunda-feira.
Além disso, o dólar opera em campo negativo na primeira hora do dia de hoje (04), com parcial em R$ 4,14.
A queda ao redor de 0,65% nesta manhã, dá continuidade ao movimento registrado na véspera, quando o dólar caiu 0,46% e fechou o pregão em R$ 4,16.
Já as cotações da soja em Chicago tentam uma recuperação, o contrato para nov/19 avança 4,50 cents/bushel no início da manhã, recuperando níveis de preços observados há 15 dias.
E após o maior volume negociado no mercado doméstico, a expectativa de curto prazo fica para um mercado mais calmo, especialmente com o dólar devolvendo parte dos ganhos recentes.
As indicações de preços em Campo Verde/MT ficam ao redor de R$ 77,00/sc para retirada imediata e pagamento no final deste mês. Em Rio Verde, o balcão gira em torno de R$ 76,70/sc (FOB) – sem variação na comparação diária, mas 4,5% mais alto na semana.