Sentiu a pressão
Com pressão intensa dos frigoríficos, boi gordo sofre queda no mercado físico e na B3
Boi gordo
No mercado físico do boi gordo as cotações continuam a ser acometidas por uma pressão baixista, com os frigoríficos utilizando estratégias para reduzir a necessidade de compra. Diante disso, o estado com o maior declínio foi o Paraná, com recuo de 2,53% no comparativo diário, com o boi gordo ficando cotado a R$ 327,50/@. A B3 foi na mesma tendência e com isso o destaque do dia foi o contrato com vencimento em fev/25, que registrou queda de 1,50% estabelecendo-se em R$ 301,25/@.
A carcaça do boi castrado no atacado paulista encerrou o mês de nov/24 com um avanço de 13,81%, estabelecendo-se em R$ 22,69/kg, o maior patamar da história. Todos os cortes bovinos apresentaram um bom desempenho, com destaque para o dianteiro bovino, que registrou acréscimo de 14,83%, ficando precificado a R$ 19,76/kg. O movimento de alta está relacionado a valorização no preço do boi gordo e a necessidade de repasse de preços da indústria para os varejistas.
Milho
Apesar da demanda interna fortalecida, o milho mantém-se lateralizado no mercado físico brasileiro. Em Campinas/SP, o cereal foi negociado a R$ 72,57/sc em 03/12. Tímidas oscilações de baixa foram registradas nos futuros de milho na última terça-feira na bolsa brasileira, acompanhando o pequeno recuo das cotações da commodity em Chicago e o movimento mais estável do câmbio no Brasil. O contrato janeiro/25 (CCMF25) variou -0,33%, encerrando o pregão regular de 03/12 cotado a R$ 72,30/sc.
Na CBOT, os futuros de milho fecharam a terça-feira no campo negativo. Apesar do ritmo intenso do programa de exportação dos EUA em 2024/25, o mercado avalia se essa dinâmica continuará após a posse de Trump, levando em consideração também a competitividade de outros exportadores globais. O contrato março/25 (CH25) fechou a sessão diurna de 03/12 a US$ 4,32/bu, com uma queda diária de 0,06%.
Soja
Acompanhando a valorização das cotações da commodity em Chicago e os atuais patamares do câmbio no Brasil, a soja registrou alta no mercado interno, sendo negociada a R$ 145,57/sc em 03/12 em Paranaguá/PR.
Os futuros da soja em grão voltaram a subir na última terça-feira em Chicago, impulsionados pela valorização dos derivados da oleaginosa, especialmente o óleo de soja, e também pelo movimento de alta do petróleo WTI. O contrato janeiro/25 (ZSF25) avançou 0,66%, finalizando a sessão regular de 03/12 a US$ 9,92/bu.