Trégua bem-vinda?
Com a correção do dólar impactando de forma negativa preços dos grãos no Brasil, atenções se mantém ao clima frio e chuvoso nos EUA e demanda internacional.
Milho
A saca do milho em Campinas/SP recua para R$56,50 com a queda do dólar e pressão de oferta. Desvalorizações superiores a 1% foram registradas para os futuros de milho durante a última quarta-feira na B3, reagindo ao movimento de baixa tanto dos futuros da commodity em Chicago quanto do dólar em relação ao real. O contrato setembro/24 (CCMU24) recuou 1,63% e fechou o pregão regular de 03/07 cotado a R$ 58,59/sc.
Os futuros de milho seguiram pressionados para baixo ao longo da última quarta-feira na Bolsa de Chicago, refletindo o contexto de elevada oferta do cereal nos EUA e no mundo, além de acompanhar o movimento negativo do trigo na CBOT. O futuro de milho para setembro/24 (CU24) desvalorizou 0,61% e finalizou a sessão diurna de 03/07 cotado a US$ 4,06/bu.
Boi Gordo
O mercado físico continua aquecido, impulsionado pelo câmbio favorável que impulsiona a expansão das exportações e uma oferta levemente mais enxuta. Diante deste cenário, observamos uma recuperação na cotação do boi gordo. Em São Paulo, houve um incremento de 0,46% na comparação diária, com a arroba cotada a R$ 225,37. Na B3, em contrapartida ao mercado físico, todos os contratos tiveram ajustes negativos, com o vencimento para jul/24 apresentando um recuo de 0,23% na comparação dia-a-dia, sendo cotado a R$ 233,70/@.
No mercado externo, os importadores chineses mostraram maior atividade nas compras na última semana, embora sem alterar significativamente os preços ofertados. O dianteiro registrou uma referência de US$ 4.300/t, 1,18% acima do registrado no início de jun/24. Entretanto, ainda se nota que o estoque de proteína animal na China está elevado e os importadores demonstram cautela na hora de realizar novas compras.
Soja
A forte correção da moeda norte-americana superando a valorização da oleaginosa na CBOT trouxe impacto negativo aos preços da oleaginosa no mercado brasileiro com a referência em Paranaguá/PR recuando para R$142,50/sc.
Influenciados pela continuidade do movimento de alta dos óleos vegetais e com os agentes atentos ao excesso de chuvas que atinge importantes estados produtores norte-americanos, os futuros do grão de soja acumularam a terceira sessão consecutiva de alta na CBOT. O contrato agosto/24 (ZSQ24) valorizou 0,65% e terminou o pregão regular de quarta-feira (03) cotado a US$ 11,58/bu.