Milho
Os contratos mais curtos de milho na B3 mostraram forte valorização no pregão da véspera (03), as altas convergem com o fortalecimento no físico levantado pelo CEPEA.
Neste sentido, o contrato para março/15 (que será liquidado na metade deste mês), avançou 1,40% no último pregão (+R$ 0,76/sc), com fechamento em R$ 54,97/sc. Trata-se do maior fechamento deste que este contrato passou a ser negociado.
Na esteira do mercado fortalecido pela baixa oferta, o contrato para maio/20 também ganhou fôlego, subindo 1,32% (+R$ 0,65/sc) e fechamento em R$ 49,80/sc – ainda abaixo da máxima alcançada em R$ 50,11/sc em 23 de janeiro, 2020.
Os vencimentos mais longos avançam em menor intensidade, limitados pela expectativa de oferta ampla da safrinha.
Boi gordo
A arroba começa a ganhar força neste início de mês, período sazonal de maior procura por proteína bovina devido a chegada dos salários da população. Subindo de R$ 201,75 ao final de fevereiro para R$ 204,15/@ nos primeiros dias deste mês.
Além disso, a oferta de boiada gorda continua restrita, pois boa parte dos pecuaristas está mantendo seus lotes de animais no pasto enquanto existe maior disponibilidade de matéria-verde para consumo.
Em São Paulo, os negócios registrados estão orbitando a faixa dos R$202,00 e 205,00/@, com as escalas de abate girando em torno de 5 dias úteis. Entretanto, as altas não foram generalizadas em todas as regiões, a ponta compradora continua cautelosa ao adquirir matéria-prima.
No atacado, a carcaça casada bovina continua sendo negociada entre R$ 12,90 e R$ 13,20/kg, preços que predominam desde a segunda quinzena de fevereiro. Proteínas alternativas como de frango e suínos estão aquecendo, acumulam alta de 5,07% e 4,52%, respectivamente.
Soja
A combinação de dólar valorizado, prêmios nos portos fortalecidos e recuperação dos futuros em Chicago pressionam positivamente as indicações pelo grão e aquecem as vendas com a soja.
Os prêmios para embarques pelo porto de Paranaguá seguem acima de US$ 0,40/bushel para os carregamentos até maio/20, segurando patamares positivos apesar do período de colheita.
Já os futuros da soja em Chicago avançaram entre 1,50 e 2,0% nos últimos 7 dias, um movimento de recuperação técnica (após acumularem queda próxima a 8,0% desde o início do ano), a revisão para cima também acontece por menor pessimismo sobre o Coronavírus.
Por fim, o câmbio ainda se sustenta em patamares entre R$ 4,47 e R$ 4,50, confirmando a forte aversão ao risco gerado pelo Covid-19.
As fortes exportações com a soja brasileira devem continuar ao longo deste mês, com os três indicadores descritos acima ainda colocando cotações firmes pelo grão.