Milho

As exportações com o cereal seguiram aquecidas em setembro, apesar de volume menor na comparação com o mês anterior.

O país embarcou 6,5 milhões de toneladas de milho em setembro/19, recuo de 11% em relação a agoto/19 (quando alcançou o novo recorde com 7,64 milhões de toneladas).

Mas na comparação com o mesmo período em 2018, os embarques subiram 75%, já que setembro/18 registrou envio de 3,36 milhões de toneladas.

O excelente desempenho das exportações com o milho deve continuar nos próximos meses, ainda que em volumes menores. Além disso, o ritmo das exportações deverá estreitar os estoques de passagem, o que pode continuar colocando preços firmes para o cereal no médio prazo.

Além disso, as negociações antecipadas também estão aquecidas, e o mercado continuará atento ao clima para antecipar quaisquer prejuízos às lavouras.

Portanto, a combinação de menor estoques de passagem, e venda antecipada acelerada, pode resultar em volatilidade ainda mais forte para o milho.

Boi gordo

Ontem (02/set), o indicador Esalq/B3 fechou em R$ 159,85/@, queda de 1,08% no comparativo diário.

Mas os contratos futuros fecharam em campo positivo, com a crescente demanda da Ásia por proteína animal podendo ser um dos catalisadores do movimento em bolsa.

O contrato para maio/20 fechou em R$ 172,80/@ (+0,82%), imprimindo um ágio próximo a R$ 12,00/@ frente ao atual equilíbrio no mercado físico.

Vale destacar a participação da China, país que concentra mais da metade da população de suínos do mundo, e que pode perder entre 50 e 70% do seu plantel suíno até o final do próximo ano – uma crise nunca vista na história.

Além dos surtos de peste suína africana, o ciclo pecuário também se adiciona como fator altista para a arroba. A expectativa fica para diminuição da participação de fêmeas nas próximas temporadas, com a arroba em fase de alta.

Aliás, o cenário que se desenha também aponta para reposição mais valorizada no médio/longo prazo.

Soja

Após um começo de semana mais aquecido, as negociações com soja nos portos esfriaram ontem (02/out), com operadores relatando que o feriado na China reduziu sua participação nas negociações.

Neste ambiente, os prêmios nos portos não passam por fortes alterações, mas ajustes negativos são registrados.

Para embarques em nov/19 pelo porto de Paranaguá, os prêmios ficam ao redor de US$ 0,89/bushel, ligeiramente abaixo dos US$ 0,91/bushel há quinze dias.

Para embarques em março/20, o movimento é similar, as indicações hoje ao redor de US$ 0,30/bushel, estão menores ante os patamares entre US$ 0,35 e US$ 0,38/bushel das últimas semanas.

Vale destacar que a menor tensão entre EUA e China colabora para esfriar os prêmios brasileiros, um fator baixista para a soja por aqui.

Além disso, o câmbio também opera em campo negativo na primeira hora do dia (03/set), continuando o movimento baixista já registrado na véspera. O dólar tem parcial em R$ 4,12 – o menor patamar desde 17 de set/19.