Milho

Após o relatório da USDA mostrar uma qualidade inferior da safra em relação ao ano anterior, Chicago fechou os contratos futuros de milho em alta. O vencimento dezembro/19, por exemplo, fechou em US$ 4,2600/bushel.

No Brasil, o valor do cereal à vista fechou em R$ 37,95/sc, queda -0,86% ante o fechamento anterior de acordo com o indicador Esalq/B3.

A colheita de segunda safra avança consideravelmente e, no Centro-Sul, atingiu 32%, com a ausência de chuvas possibilitando Mato Grosso a atingir a colheita mais avançada do país, com 45% de sua área colhida, sendo seguido do Paraná com 41%.

O clima norte-americano vem chamando atenção do mercado, porém deve-se também manter o clima brasileiro no radar, pois, segundo análises meteorológicas, as temperaturas irão cair até o final da semana nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, podendo ocorrer até geadas.

O preço do milho vem sendo pressionado pela alta do frete ao mesmo tempo que a colheita de 2ª safra avança. Segundo dados do IMEA divulgados na última sexta feira (28), a relação frete/milho sofreu um aumento de 8,24%.

O governo americano estimou a área semeada de milho em seu último relatório em 37,11 milhões de hectares, número acima do que o esperado pelo mercado. Entretanto o USDA informa que tais dados podem ter sido distorcidos por conta das chuvas de junho, e realizará novas pesquisas em 14 estados do país. Deste modo o mercado segue atento para os próximos eventos.

Boi gordo

Com escalas alongando e na ausência de fatores altistas, arroba do boi gordo caminha lateralizada.

Nas praças levantadas pela Agrifatto, as escalas de abate atendem a 6,7 dias, próximas do maior patamar desde o final de maio. Em São Paulo e na região Centro-Oeste, as programações atendem a mais de 7 dias.

O clima mais seco e frio nos próximos dias pode prejudicar ainda mais as condições das pastagens, limitando a oferta de animais oriundos desse sistema em julho e, consequentemente, nos próximos meses.

A oferta de animais oriundos de confinamento, embora já tenha iniciado, não é suficiente para segurar os preços nos patamares atuais, e as indicações de compra das indústrias devem avançar nas próximas semanas.

Ontem (02/jul), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 152,40/@, queda de 1,14% ante o fechamento anterior.

A ausência de fatores altistas limita tanto os preços no físico quanto nos contratos futuros, que recuaram nos últimos dias, mas o contrato para outubro/19 não deve romper a resistência nos R$ 160,00/@.

O vencimento mais curto, julho/19, recuou 0,10% ontem (02) e fechou em R$ 155,50/@. Já o vencimento outubro/19 caiu 0,12% e encerrou o dia em R$ 163,70/@.

Nesta manhã, os contratos abriram em baixa, recuando entre R$ 0,65 e R$ 1,35/@.

Soja

Os contratos futuros da soja em Chicago fecharam a terça-feira (02) em baixa, pressionados pela melhora do clima no cinturão norte-americano, com previsão de temperaturas próximas ou acima da média da região.

Os contratos recuaram entre 7,5 e 10,25 pontos, e o vencimento setembro, por exemplo, fechou em US$ 8,86/bushel (-10,25).

Vale salientar que somente 83% da safra plantada emergiu até semana passada, causando preocupação quando se compara com a média dos últimos cinco anos, em 95%.

Na cidade de Rondonópolis/MT, a soja fechou cotada em R$62,62/sc. Já em Rio Verde/GO, o preço fechou um pouco acima, encerrando a terça feira (02) em R$ 68,68/sc.

No porto de Paranaguá, as propostas de compra estavam em R$ 81,50/sc, mas as pedidas dos vendedores são de valores próximos a R$ 85,00/sc, dificultando as negociações do grão.

Para a safra 2019/20, as ofertas de compra são de R$ 81,50/sc, para entrega no Porto de Paranaguá em fevereiro e pagamento em abril/20.

Ontem (02/jul), o indicador da soja ficou em R$ 80,56/sc, queda de -0,06% ante o fechamento anterior.