Recorde atrás de recorde
Mesmo com recuo do dólar, preços da soja no Brasil seguem evoluindo com apoio da cotação da oleaginosa em Chicago, que atingiu o maior valor desde 14/01/2020.
Milho
A pressão baixista seguiu no mercado de milho brasileiro, com os vendedores mais dispostos a negociar preços, o recuo da cotação do cereal foi sentido em todo o país, com os preços em São Paulo rondando a casa dos R$ 60,50/sc. Na B3, a realização de lucros e o “medo” de maiores ajustes das Pessoas Físicas fez a cotação do vencimento para setembro/20 recuar 3,38%, atingindo R$ 57,50/sc, o menor valor desde o dia 12/08/2020.
Dados mostrando aumento nos estoques de etanol nos EUA aliado a desvalorização do petróleo WTI não deram espaço para que a cotação do milho avançasse em Chicago, o vencimento para setembro/20 na CBOT encerrou o dia cotado a US$ 3,50/bu, variando positivamente 0,07%.
Boi gordo
A dificuldade em preencher as programações de abate segue em pauta, o que continua pressionando positivamente a arroba em todo o território nacional. Fato que tem encurtado o diferencial de base e aproximando os preços nas diferentes regiões. Entretanto, São Paulo, como centro de distribuição e forte mercado consumidor, ainda demonstra preços, em média, mais elevados.
Neste cenário, os preços giram em torno de R$ 225,00 – 230,00/@ para o animal comum e R$ 235,00 – 240,00/@ para o animal destinado à exportação. Já começam a aparecer negócios com prêmios mais altos, mas ainda são minoria, girando em torno de R$ 243,00/@. As programações de abate encerraram a quarta-feira em 6,0 dias úteis na média das praças paulistas.
Soja
Com o dólar estável e preços evoluindo ainda mais na CBOT, a soja brasileira voltou a se valorizar, recuperando o patamar de R$ 137,50/sc em Paranaguá/PR. O mês de setembro/20 deve marcar o início do plantio da safra 20/21 que já tem alto nível de comercialização já realizada, reverberando a máxima de que teremos mais um ano com um bom volume exportado de oleaginosa.
Em Chicago, a cotação da soja norte-americana avançou pelo 2º dia consecutivo, atingindo o valor de US$ 9,63/bu, o maior desde o dia 14/01/2020. A valorização do óleo de soja (que foi puxado pelo óleo de palma), deu sustentação para o avanço da oleaginosa nesta quarta-feira.
Agrifatto