Tá quente ou tá frio?
Mercado físico do boi gordo inicia o mês com valorização, mas atacado enfrenta resistência para avançar
Boi Gordo 
A redução na oferta de animais oriundos de pastagem tem feito com que a cotação do boi gordo inicie o mês de maneira firme. Nesta última terça-feira, estados que antes estavam resistentes aos avanços dos preços tiveram altas. Como Goiás, em que o boi gordo avançou 0,64% no comparativo dia-a-dia e ficou precificado a R$ 208,57/@ e Mato Grosso progredindo 0,33% com o boi gordo cotado a R$207,31/@. Ainda assim, as escalas de abate permanecem em um nível confortável para as indústrias em grande parte do país, se mantendo em 10 dias. No mercado futuro, o pregão de ontem foi de correções técnicas. O vencimento para jul/24 terminou o dia valendo R$ 243,25/@, um incremento de 0,11%. Já o contrato para out/24 teve um recuo de 0,12% , encerrando o dia a R$ 245,55/@.
Assim como a entrada da frente fria reduziu as temperaturas nesse último final de semana passado, reduziu também o ânimo do consumidor de sair de casa e comprar carne. Desta forma, o mercado atacadista que havia se animado com os pedidos de reposição de estoque pelo varejo visando o final de semana e a entrada da folha de pagamento na semana, tiveram as expectativas “esfriadas”. A carcaça casada do boi castrado foi negociada a R$ 15,20/kg, sem alterações no dia.
Milho 
A oferta fala mais alto e a saca do milho volta ao patamar abaixo dos R$57,00/sc na referência paulista Campinas/SP. Acompanhando a valorização das cotações da commodity em Chicago e os atuais níveis da taxa de câmbio, os futuros de milho registraram avanços durante a última terça-feira na B3. O contrato set/24 (CCMU24) valorizou 1,17% e encerrou o pregão regular de 02/07 cotado a R$ 59,56/sc.
Após o USDA reportar uma queda nas condições boas e excelentes das lavouras norte-americanas de milho em relação à última semana, os futuros da commodity reagiram e acumularam ganhos ao longo desta terça-feira em Chicago. O futuro de milho para setembro/24 (CU24) oscilou +0,25% e terminou a sessão diurna de 02/07 cotado a US$ 4,08/bu.
Soja 
Com o dólar renovando máxima e o movimento de valorização da oleaginosa na CBOT refletiu num movimento positivo para o mercado físico da oleaginosa no Brasil, com a referência de negócios em Paranaguá/PR registrando o maior patamar do ano, próximo a R$143,50/sc.
Os futuros do grão de soja encerraram a última terça-feira em território positivo na Bolsa de Chicago, influenciados pela valorização dos futuros do óleo de soja e do petróleo WTI. O contrato de soja para agosto/24 (ZSQ24) variou +0,37% e fechou a sessão regular de 02/07 cotado a US$ 11,50/bu.