Fêmea pressionando
Maior oferta de fêmeas no mercado pressionam as cotações do boi gordo e escalas de abate avançam.
Boi gordo 

No mercado físico, a crescente oferta de fêmeas pressiona as cotações do boi gordo, que se desvalorizou em sete praças brasileiras nessa sexta-feira. A média nacional recuou em 0,30% ante o dia anterior, e o animal terminado fica cotado a R$ 306,08/@. Na B3, o dia foi de estabilidade para a maioria dos vencimentos, a maior variação foi vista no jun/25 que recuou 0,22% e fechou o dia a R$ 317,25/@.

Após semanas de estabilidade, as escalas de abate nacionais avançaram, fechando a sexta-feira com média de 8 dias programados, impulsionadas pela maior oferta de fêmeas, em um efeito sazonal (descarte pós estação de monta) que atinge seu pico em março. Goiás e Mato Grosso ampliaram as escalas para sete e oito dias úteis, enquanto Minas Gerais e São Paulo avançaram para nove e oito dias.
Milho 
A semana encerra com a saca do cereal em valorização em Campinas/SP na referência de R$ 74,99. A combinação entre a queda dos preços do milho em Chicago e a desvalorização do câmbio no Brasil pressionou os futuros do cereal na B3 ao longo da última sexta-feira. O contrato março/25 (CCMH25) recuou 0,70%, encerrando o pregão regular de 31/01 a R$ 75,50/sc.
Na CBOT, os futuros do milho registraram perdas superiores a 1%, refletindo, principalmente, a confirmação de tarifas dos EUA sobre alguns países importadores, incluindo o México, o maior comprador do milho norte-americano. O contrato março/25 (CH25) caiu 1,68%, fechando a sexta-feira a US$ 4,82/bu.
Soja 
Em Paranaguá/PR, os preços da soja registraram queda na última semana, encerrando a R$ 128,99 por saca, uma baixa de 1,53%. O movimento esteve alinhado ao ritmo do mercado internacional, enquanto o avanço da colheita resultou em maior oferta da oleaginosa, pressionando as cotações no mercado doméstico.
Apesar da elevada volatilidade observada na última sexta-feira em Chicago, os futuros da soja encerraram o dia com leves quedas. A imposição de tarifas pelos EUA sobre alguns países importadores pesou sobre as cotações, mas a forte valorização do óleo de soja limitou as perdas do grão. O contrato março/25 (ZSH25) oscilou -0,19%, terminando a sessão a US$ 10,42/bu.