Milho
Nos estados ao sul do país, a comercialização do milho da safra de verão se aquece na medida em que a colheita avança, mas apesar da oferta gradualmente maior, o temor de menor produtividade nos campos ainda coloca preços firmes a matéria-prima.
Já no Mato Grosso, as negociações seguem mais pontuais, a menor disponibilidade de milho e a disputa sobre os preços limitam a comercialização. Para retirada imediata na região de Campo Verde/MT, a indicação compradora fica em R$ 40,50/sc.
No porto de Paranaguá haviam indicações de venda da safrinha em R$ 42,50/sc – para entrega em julho ou agosto e pagamento em 30 dias.
Por fim, os preços futuros do cereal começam a semana com novas quedas, o contrato para março/20 perde 0,05 nos primeiros minutos do pregão, com parcial em R$ 48,85/sc.
Boi gordo
O mercado spot do boi gordo começa a mostrar reação após a chegada do mês de fevereiro, as expectativas giram em torno de um aumento na demanda interna neste início de mês, atrelado principalmente ao fim das férias escolares e a chegada dos salários.
Confirmando as expectativas, o boi casado encerrou janeiro em R$ 12,00/kg – alta semanal de R$ 0,50/kg.
Na esteira, as cotações da arroba esquentaram um pouco, com o boi sendo negociado na faixa dos R$ 195,00/@ nas praças paulistas.
Na sexta-feira (31), o indicador Cepea/Esalq fechou cotado em R$ 190,80/@ – queda de 0,16% na comparação diária.
Já na B3, o contrato para fevereiro encerrou o dia em R$191,00/@, alta de 0,58% na comparação diária.
Soja
Destaque para a movimentação do câmbio, o dólar encerrou a última sexta-feira (31) em R$ 4,282 – trata-se do maior valor nominal da história.
Além disso, impressiona também a intensidade do movimento para o dólar desde o início deste ano, subindo 6,54% nos últimos 30 dias. Foi a maior alta em um mês desde agosto/2019.
O risco do Coronavírus foi o principal catalisador da alta cambial, especialmente pelo temor do mercado de uma desaceleração da economia chinesa.
Na véspera da alta da moeda norte-americana, na quinta-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou que a epidemia constitui emergência de saúde pública internacional.
Neste sentido, é possível que o PIB chinês do 1º trimestre deste ano traga o reflexo negativo da doença. Os números de exportação também devem vir menores no curto prazo.