Milho

Os prêmios para o milho nos portos fecharam a última semana enfraquecidos, a pressão baixista veio da maior oferta disponível na Argentina. Aliás, no país vizinho, os descontos nos prêmios são ainda maiores, na tentativa de atrair novas compras.

Ao final desta segunda-feira (02/set), o Ministério deve divulgar seu novo boletim semanal, com as exportações de agosto.

Há expectativas de renovação do recorde das exportações com o milho em um único mês (até o momento, o maior volume foi marcado em julho/19, com 6,31 milhões de toneladas).

Para a soja, também são esperados volumes maiores para o mercado externo, tendo em vista a maior movimentação nos portos dos últimos dias.

No mercado interno, continua o cenário de disputa de preços, com produtores resistentes nas pedidas pelo cereal, e com a ponta consumidora abastecida no curto prazo.

E assim, as indicações continuam fortalecidos no físico. O indicador do CEPEA subiu 0,33% na comparação semanal, com último fechamento em R$ 36,72/sc.

Boi gordo

No curto prazo, os principais fundamentos devem ser mantidos no mercado do boi gordo, com expectativas de continuidade de um mercado físico sustentado.

No atacado paulista, o boi casado avançou 0,76% na última semana, com média de 10,42/kg. Em agosto, a alta acumulada foi de 2,01%.

O IBGE divulgou, na quinta-feira (28/ago), que o PIB da agropecuária caiu 0,4% no segundo trimestre de 2019 em relação ao primeiro. Quando comparado ao segundo trimestre de 2018, o PIB também apresenta queda de 0,4%.

Ainda sobre os dados divulgados pelo IBGE, a taxa de desemprego recuou 0,6 pontos (p.p.) em relação ao primeiro trimestre de 2019, fechando em 11,8%. Na comparação ao mesmo período do ano passado, houve recuo de 0,5%.

Sexta-feira (30/ago), o indicador Esalq/B3 ficou em R$ 157,05/@, alta de 0,32% no comparativo diário.

Na B3, o contrato para outubro/19, fechou R$ 160,10/@ – alta de 0,80 pontos ante o fechamento anterior. O contrato para novembro/19, fechou em 162,05.

Soja

Ontem (01/set), os EUA e a China passaram a adotar novas taxações, aumentando a escalada da tensão comercial.

Os Estados Unidos começaram a cobrar taxa de 15% sobre mais de 125 bilhões de dólares em importações da China.

Em retaliação, Pequim adotou encargo de 5% sobre o petróleo norte-americano – é a primeira vez que o combustível se envolve na disputa comercial. Além disso, a China impôs tarifa adicional sobre 75 bilhões de dólares de produtos americanos.

Para a soja em Chicago, o acirramento da disputa comercial é um fator baixista as cotações.

Entretanto, na primeira segunda-feira de setembro, comemora-se o Dia do trabalho nos EUA, e por isso, as bolsas amanheceram fechadas hoje, e a volatilidade deve ficar para amanhã (03/set).

No ambiente doméstico, o mercado se mostrou mais aquecido na última semana, com um bom ritmo de negócios fluindo nas principais praças brasileiras. No MS, acordos foram fechados entre R$ 78,50 e RS 79,00/sc, para retirada em setembro e pagamento no mês seguinte.

Mas o começo desta semana deve ser mais lento, com o feriado nos EUA mantendo o cenário incerto em meio as disputas comerciais.