Dólar no maior patamar desde 23/dez/21
Moeda norte-americana renova máxima do ano a R$5,67 com o recorrente atrito político-econômico influenciando de forma positiva nos preços das commodities brasileiras, trazendo estabilidade aos preços do milho em plena colheita e valorizações para a soja.
Milho
O mercado doméstico do cereal inicia a semana em estabilidade nos R$57,50/sc base Campinas/SP seguindo a referência dos portos. Os futuros de milho iniciaram a semana em território negativo na B3, influenciados pelo movimento das cotações externas da commodity e pelo avanço da colheita da 2ª safra do cereal no Brasil. O contrato set/24 (CCMU24) desvalorizou 0,67% e finalizou o pregão regular de 01/07 cotado a R$ 58,87/sc.
Após negociar durante boa parte do pregão de segunda-feira em território negativo em Chicago, refletindo o relatório do USDA de 28/06, que foi baixista para a precificação do cereal na CBOT, os futuros de milho recuperaram-se e terminaram a sessão próximos da estabilidade. O futuro de milho para setembro/24 (CU24) recuou 0,12% e fechou a sessão diurna de 01/07 cotado a US$ 4,07/bu.
Boi gordo
Enquanto a frente fria acomete algumas regiões do país, o mercado físico do boi gordo permanece “quente”. O destaque do dia vai para São Paulo, que registrou uma alta de 1,42% no preço do boi gordo e fechou esta segunda-feira (01/07) em R$ 224,70/@. Na B3, todos os contratos passaram por ajustes negativos, com exceção do contrato de jul/24, que demonstrou estabilidade, cotado a R$ 234,00/@, ainda assim acima do registrado no mercado físico.
A escassez de vacinas contra a brucelose levou a CNA a realizar uma reunião no final da semana passada. Como consequência disso, a falta desses produtos no mercado está impedindo alguns estados de cumprir o calendário de vacinação, o que tem motivado pedidos de prorrogação do prazo da campanha. De acordo com o Sidan, está ocorrendo uma readequação e investimentos na produção de vacinas, afirmando que o período atual é de recuperação de estoques. Outro ponto importante discutido pela comissão foi a criação de um banco nacional de vacinas contra a febre aftosa.
Soja
A oleaginosa abre a semana em valorização no mercado físico brasileiro, guiado pela alta do dólar junto à CBOT, com a referência de negócios em Paranaguá/PR registrando ligeiro avanço para R$140,50/sc.
Reagindo à expressiva valorização do óleo de soja na CBOT, onde os fundos de investimentos mantêm uma grande posição líquida vendida, e apresentando correções técnicas de alta após uma sequência de recuos, os futuros do grão de soja iniciaram a semana em território positivo na Bolsa de Chicago. O contrato de agosto/24 (ZSQ24) avançou 1,10% e terminou a sessão regular de 01/07 cotado a US$ 11,46/bu.