Milho
Apesar do pouco milho disponível no mercado físico, os envios do cereal para fora do país em mar/20 registraram um aumento de 16,8% na comparação com o mês de fev/20, somando 494,6 mil toneladas embarcadas. Ainda assim, um volume 48,3% menor ante o verificado em mar/19.
As atenções do mercado de milho se voltam para o comportamento do cereal na bolsa brasileira e norte-americana. Enquanto na B3 o contrato futuro do milho para set/20 caminha de lado nas últimas duas semanas na faixa dos R$ 43-45/sc, sustentado por um dólar elevado.
Na CBOT o contrato do cereal para out/20 segue em um movimento descendente, registrando desvalorização de 2,57%, e atingindo o menor valor de negociação desde o início do contrato, de US$ 3,40/bu. A incerteza norte-americana segue com a destinação do milho nos próximos meses.
Boi gordo
Ontem (01/abr), a Secex (Secretaria de Comércio Exterior) divulgou as exportações totais de carne bovina in natura referentes ao mês de março/20, que contabilizaram um volume total de 125,92 mil toneladas e uma receita de US$ 555,41 milhões.
Isso representa avanço de 13,88% em relação a fevereiro/20 e crescimento de 6,25% quando comparado a março/19.
A média diária registrada ficou em 5,72 mil toneladas – queda de 6,82% em relação à média do mês anterior e desaceleração de 8,84% frente ao desempenho do mesmo período de 2019.
O preço médio por tonelada registrou-se em US$ 4.410,51, baixa de 1,31% em relação a fevereiro/20, e valorização de 18,58% ante o valor médio em março/19.
Soja
Com a colheita praticamente finalizada no país, os envios de soja se intensificaram em mar/20, sendo encaminhada 11,64 milhões de toneladas para fora do país, o maior volume da história para um mês de março e o segundo maior volume já exportado na história. Tal fato demonstra que o apetite chinês pela soja brasileira continua em alta.
Já nos EUA o alívio de um mercado que vinha em recuperação nos últimos dias, foi tomado por um movimento de aversão ao risco, que fez a cotação do contrato futuro para set/20 da oleaginosa recuar 1,84%, voltando ao patamar de US$ 8,64/bushel.
Tal recuo poderia preocupar o produtor brasileiro, no entanto, com o dólar atingindo mais um recorde e batendo a casa dos R$ 5,25, o receio nas negociações se reduz.