Milho

Nesta tarde, o Ministério da Economia deve divulgar o volume exportado pelo Brasil em julho/19, e as expectativas são positivas para os embarques com o cereal.

Os dados parciais dos primeiros 15 dias úteis registraram 3,75 milhões de toneladas, com um ritmo médio diário de 250 mil toneladas – um desempenho bastante aquecido, com a média diária ficando 247% em relação ao mês anterior.

Deste modo, o país deve enviar no mês de julho, um volume superior a 5 milhões de toneladas. Se confirmado, deverá ser a maior quantidade mensal exportada de milho desde o final de 2017.

Na B3, os futuros do cereal perderam força nos últimos dias, mas a baixa liquidez limita as variações. O contrato para set/19 caiu 0,57% ao longo dos últimos dias, e abre o pregão com parcial em R$ 36,35/sc.

Em movimentação parecida, o vencimento para nov/19 recuou 0,78% ao longo da semana com parcial em R$ 38,25/sc.

Destaca-se que o dólar ganhou força nos últimos dias, além dos futuros em Chicago operando em campo positivo hoje (01/ago), o que pode contagiar as indicações do milho brasileiro no curtíssimo prazo.

Boi gordo

Apesar de escalas gradualmente menores na maioria das praças analisadas, ainda seguem acima da média para o ano, e de modo geral, o estado do Mato Grosso exibe maior conforto na originação das indústrias.

As programações no MT subiram na comparação diária, aproximando a média do estado para 8 dias úteis.

Por outro lado, o MS exibe sinais de menor disponibilidade de animais prontos, com as programações atendendo ao redor de 6 dias úteis, na média para o estado.

No mercado físico paulista, os negócios mostram relativa firmeza nesta semana, com predomínio de negócios para o boi comum entre 154,00/@ e 157,00/@ (FOB e para descontar impostos).

Ontem (31), o indicador Cepea/B3 ficou em R$ 152,80/@, com queda de 0,68% ante o fechamento anterior.

Por fim, após as desvalorizações no atacado, o valor da carcaça casada bovina preservou seu valor na comparação diária, ao redor R$ 10,43/kg. A virada do mês combinado com o dia dos pais pode reaquecer pontualmente o consumo interno.

Soja

Ontem, o dólar subiu 0,57% em relação ao real, com fechamento em R$ 3,813, com a moeda norte-americana exibindo novas valorizações nesta manhã (01) – parcial em R$ 3,824 na primeira hora do dia.

A valorização cambial se deu com o anúncio do banco central norte-americano (FED) de reduzir as taxas de juros no país, a baixa de 0,25 p.p. transfere os juros para faixa de 2,0% a 2,25% ao ano.

Além disso, o Banco Central brasileiro também reduziu a taxa básica de juros, passando de 6,5% para 6,0% ao ano.

E ainda sobre o câmbio, o Congresso Nacional volta hoje de seu recesso, com expectativa de votação nas próximas semanas da reforma da Previdência em segundo turno.

O ambiente político tem potencial de manter em alta a volatilidade do dólar nos próximos dias.

Outro destaque fica para os prêmios nos portos brasileiros, com as indicações para os embarques em agosto/19 por Paranaguá subindo quase 8 p.p. ontem (31). A valorização acontece pelo imbróglio entre EUA e China mantendo a demanda asiática voltada ao Brasil.

E assim, os reajustes para cima do dólar e dos prêmios nos portos também podem oferecer novo fôlego as indicações da soja.