Grãos norte-americanos retomando espaço
Relatório semanal do USDA apontou vendas líquidas de milho e soja acima das expectativas do mercado.
Milho
O milho encerrou o último dia do mês com leve alta no mercado interno, com a saca na praça de referência de Campinas/SP expandindo 0,05%, para R$ 63,54. Na B3, o mercado acompanhou as movimentações de Chicago, finalizando o dia com alta sutil. O contrato com vencimento em set/25 (CCMU25) encerrou o pregão regular cotado a R$ 66,83 por saca, com leve incremento de 0,07% em relação ao dia anterior.
Em Chicago, os preços futuros do milho avançaram após a divulgação do relatório semanal do USDA, que apontou desempenho acima do esperado pelo mercado nas exportações da safra 25/26. O contrato de maior liquidez, com vencimento em set/25 (ZCU25), encerrou o dia com alta de 0,57%, cotado a US$ 3,94 por bushel.
Boi gordo
O mês de julho foi marcado por preços do boi gordo fragilizados, mas ao final do mês foi registrado recuperação na maioria das praças pecuárias. Nesta quinta-feira, o mercado do boi gordo finalizou positivo na média brasileira. O destaque ficou por conta do Pará que registrou alta de 0,93%, na comparação diária, sendo precificada em R$ 280,81. No mercado futuro, a B3 encerrou o pregão em cenário de retração: o contrato com vencimento em dezembro de 2025 recuou 1,27% na comparação diária, sendo negociado a R$ 330,05/@.
Desde o início de julho, o mercado do boi gordo vem sendo pressionado por quedas nos preços até atingir o fundo no dia 28, mas ao longo da última semana o movimento de desvalorização perdeu força e recuperou 0,70%. A combinação entre oferta restrita de animais e postura mais cautelosa dos frigoríficos trouxe maior equilíbrio às negociações e abriu espaço para sinais de recuperação nas cotações.
Soja
No mercado interno da soja, a referência de Paranaguá/PR registrou alta na quinta-feira (31), com valorização de 0,17%, encerrando o dia com a saca negociada a R$ 138,22. O dólar finalizou em viés de alta na B3 e o contrato com maior liquidez, ago/25 (DOLQ25), fechou o pregão cotado a R$ 5,602, com alta de 0,67%.
Na Bolsa de Chicago, os contratos futuros da soja encerraram a quinta-feira (31) em queda, acumulando baixas pelo quinto dia consecutivo. O relatório semanal do USDA apontou bom desempenho nas exportações da oleaginosa, mas a ausência da China nas compras recentes permanece pesando sobre as cotações. Além disso, o grão também foi influenciado pelas perdas do óleo de soja, afetado pelo desempenho negativo do petróleo. O contrato com vencimento em ago/25 (ZSQ25) apresentou declínio de 0,62%, encerrando o dia cotado a US$ 9,61 por bushel, apresentando menor nível desde abril.