Com apoio do dólar e da CBOT, contrato de milho para setembro/20 fecha o dia na máxima
Valorização no dólar e forte queda na área plantada de milho nos EUA, deram sustentação aos negócios de milho no mercado futuro, o físico segue com poucos negócios, mas com alta no radar.
Milho 
Com a pressão do dólar e da CBOT, e sem um grande avanço na colheita do milho 2ª safra no centro-sul do país, a cotação do cereal seguiu pressionada nesta terça-feira. O preço do milho em Campinas voltou a ser negociado próximo dos R$ 49,00/sc. Na B3, o dia também foi de alta, com o vencimento para setembro/20 fechando à R$ 46,26/sc, o maior valor desde o início da negociação deste contrato.
A animação do mercado derivou do relatório sobre área e estoques divulgado pelo USDA nesta terça-feira, o corte na área de milho nos EUA foi maior que o esperado pelos analistas norte-americanos, com uma estimativa de 37,23 milhões de hectares semeados, 2,02 milhões de hectares a menos do que o projetado em março/20 pelo USDA. Como o mercado aguardava um corte na faixa de 800 mil hectares, as cotações do milho na CBOT registraram forte alta, subindo 3,75% no vencimento julho/20, ficando cotada à US$ 3,39/bu.
Boi gordo 
Apesar da notícia de suspensão de duas plantas brasileiras de bovinos para exportações à China, o cenário continua positivo para arroba nas principais regiões produtoras do Brasil. Fato confirmado é que ainda temos 35 plantas frigoríficas com as habilitações em pleno funcionamento e a demanda chinesa de carnes não deve diminuir no curtíssimo prazo, dado os estoques de proteína animal baixos do país.
Com relação ao mercado interno, a vendas no atacado seguem arrastadas. O impacto do aumento dos preços na última semana ainda mantém os compradores afastados, o que tem pressionado a ponta vendedora que agora tem de lidar com adiamentos e descontos nas mercadorias. Entretanto, os preços continuam estáveis, com a carcaça casada bovina na faixa dos R$ 14,10/kg.
Soja 
Para a soja brasileira o dia foi de euforia, com o dólar subindo 0,72% e os vencimentos na CBOT rompendo os US$ 8,80/bu. Desta forma, a cotação da oleaginosa nos portos brasileiros rompeu novamente os R$ 115,00/sc, chegando próximo das máximas históricas que foram alcançadas ainda neste ano.
Em Chicago, a área de soja estimada pelo USDA ficou cerca de 400 mil hectares abaixo do esperado pelo mercado, com pouco mais de 33,9 milhões de hectares semeados nos EUA. Desta forma, o vencimento da oleaginosa para julho/20 encerrou o dia à US$ 8,84/bu, variando positivamente 2,05%. Com a entrada do mês de julho/20, as atenções se voltam agora para o clima nos EUA, que até agora caminhou bem, mas pode reservar surpresas.
Agrifatto