Milho
A divulgação do USDA com atualizações sobre as estimativas de plantio para a safra norte-americana trouxe poucas novidades as cotações do milho nos EUA. Mesmo com a área destinada ao cereal chegando a 39,25 milhões de hectares, aumento de 8,13% em comparação a safra passada, o contrato do milho para set/20 registrou queda de apenas 0,64%.
Como esse relatório representa o sentimento dos produtores norte-americanos há cerca de 1 mês atrás, o mercado ainda está buscando encontrar o real impacto da COVID-19 sobre o milho norte-americano.
Já o mercado brasileiro de milho segue ajustado pela oferta restrita do cereal, ignorando assim as consecutivas quedas das cotações na CBOT.
Boi gordo
As indicações do boi gordo já mostram pressão negativa, com o escoamento da carne bovina sendo penalizada pelo cenário imposto com o coronavírus.
As escalas de abate seguem encurtadas e muitas indústrias estão fora das compras ou em férias coletivas, principalmente no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Os pequenos e médios frigoríficos possuem ainda mais dificuldade em repassar o que já está nas câmaras frias e adiam novos abates.
No atacado, as vendas andam de lado, os distribuidores ainda têm estoques e alguns varejistas estão cancelando os pedidos devido ao baixo escoamento de proteína bovina. A carcaça casada segue sustentada na faixa dos R$ 13,50/kg com tendência de baixa no curto prazo.
Destaque para as fortes quedas dos futuros do boi gordo (31/mar), alcançando limite de baixa após recuar 4,5%. A pressão negativa veio da notícia de que a China suspendeu novas habilitações, causando novo momento de pânico em um mercado já estressado.
Soja
Com uma área abaixo do que o mercado aguardava, a soja nos EUA observa seus preços ganharem uma leve sustentação, voltando a ser negociada na casa dos US$ 8,80/bushel, fato que não ocorria há mais de 20 dias.
Os preços no mercado interno seguem apoiados em um dólar em ascensão, com a cotação da soja em Paranaguá já passando da barreira dos R$ 101,00/sc. No entanto, o setor continua atento quanto a logística de escoamento, que pode sofrer impactos devido à crise do Coronavírus.