➡ Sem prêmios de risco, novos fundamentos entram no jogo
Movimento de liquidação trouxe quedas acima de 2% foram observadas para os futuros de soja e milho na CBOT na última terça-feira, diante da ausência de novos fatores de risco que já estão recificados.
Milho 🌽
Com a queda de braço firme no mercado físico do milho, o cereal volta a ser comercializado na média de R$ 86,00/sc em Campinas/SP. Movimentações mistas foram contabilizadas para os futuros de milho na B3 no dia de ontem, onde os vencimentos mais longos seguiram mais sustentados devido ao atraso na semeadura da 2ª temporada do cereal. O contrato mai/23 (CCMK23) terminou o pregão regular de 3ª feira (28) precificado em R$ 87,54/sc, recuo de 0,08%.
Em Chicago, os futuros de milho continuaram influenciados pela movimentação de baixa dos futuros de trigo, onde os agentes estão otimistas em relação a continuidade do acordo de grãos pelo Mar Negro na Ucrânia. A possível renovação deverá ocorrer entre os dias 18 e 19/mar. Neste sentido, o vencimento mai/23 (CK23) retrocedeu 2,06% e fechou a sessão diurna de terça-feira cotado em US$ 6,30/bu.
Boi Gordo 🐂
Na medida que terminam os lotes de “boi China” comprados anteriormente à suspeita do caso de “vaca louca”, as cotações passam a se adequar com o novo cenário. Dessa forma, no mercado físico, treze praças brasileiras apresentaram ajustes negativos nos preços. Inclusive São Paulo, onde o boi comum continua valendo R$ 270,00/@, porém o “boi China” passou a valer R$ 280,00/@. Na B3, o contrato com vencimento para fev/23 fechou o dia em R$ 276,22/@, com uma queda de 0,87%.
O atacado paulista continua sentindo os efeitos da segunda quinzena do mês, e as distribuições são consideradas fracas, contando com algumas devoluções parciais e totais, afligindo os agentes da cadeia produtiva. Nessa terça-feira, as negociações se aproximam de zero, os preços permanecem nominais, e as expectativas se voltam para o início do próximo mês.
Soja 📊
Influenciada pelo forte recuo em Chicago e pressão sobre os prêmios nos portos, a soja passa por mais uma desvalorização no mercado físico brasileiro. Em Paranaguá/PR, a oleaginosa é vendida na média de R$ 169,00/sc.
Quedas acima de 2% foram observadas para alguns vencimentos do grão de soja no dia de ontem em Chicago. A entrada da volumosa safra brasileira de soja já tem direcionado a demanda para os portos brasileiros e fundos de investimentos, que estavam muito comprados em derivativos do complexo soja na CBOT, iniciarem o desmonte de suas posições. O contrato mai/23 (ZSK23) perdeu a importante referência dos US$ 15,00/bu e finalizou a sessão regular de terça-feira (28) cotado em US$ 14,79/bu, queda diária de 2,23%.
Agrifatto