Por Tássia Kastner
Folha de S. Paulo
A Bolsa brasileira fechou na máxima histórica, neste que é o último pregão da primeira semana após a eleição de Jair Bolsonaro para presidente do país. O exterior positivo e os bons resultados de empresas brasileiras também ajudaram a conduzir o Ibovespa para o recorde. O dólar fechou em leve queda.
O Ibovespa, principal índice acionário do país, avançou 1,13%, a 88.419 pontos. O recorde anterior, de 87.652 pontos, foi registrado em 26 de fevereiro de 2018, segundo a B3. Na máxima do dia, chegou a valer 89.017 pontos, e o volume financeiro somou R$ 18,8 bilhões –
O mercado financeiro segue otimista com a perspectiva de reformas que devem ser propostas pelo governo Bolsonaro, ainda que nesta quinta o noticiário tenha sido voltado à indicação do juiz Sérgio Moro a ministro da Justiça no novo governo.
Alexandre Espírito Santo, da Órama Investimentos, diz que o mercado trabalhava com um primeiro alvo de 90 mil pontos após a vitória o capitão reformado da Exército.
Nesta quinta, a alta foi motivada por bom desempenho das ações do Bradesco, que avançaram mais de 5%. O segundo maior banco privado do país divulgou resultados do terceiro trimestre, com crescimento de 14% no lucro.
Os papéis da Gol subiram mais de 4%, apesar de a empresa ter reportado prejuízo maior que o esperado pelo mercado.
A Bolsa local também foi beneficiada por um dia mais benigno no exterior, depois de um mês de outubro majoritariamente negativo em Nova York e para os mercados europeus. Nesta quinta, as Bolsas americanas subiram mais de 1%.
O dólar caiu 0,45%, e encerrou a R$ 3,6940, em um dia que foi favorável a emergentes no exterior. De uma cesta de 24 divisas emergentes, o dólar perdeu força sobre 22 delas.
No mercado local, porém, a oscilação foi modesta considerado o período que contempla a confirmação da vitória de Bolsonaro.