O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) apurou aumento de 5,65% na intenção de confinamento de bovinos em Mato Grosso em julho, para 884,86 mil cabeças, na comparação com abril, mês do primeiro levantamento. O resultado foi divulgado há pouco, em boletim semanal do Imea. A pesquisa contou com 149 informantes, ou 80,11% da amostra total.
Apesar de a intenção de confinamento ter aumentado, os preços dos insumos – principalmente o milho – na atividade representaram a maior preocupação, relata o Imea, sendo citados por 37,05% dos entrevistados. Já os preços do gado de reposição, citados por 17,86%, foi outra preocupação apontada na pesquisa.
No mesmo boletim, o Imea relatou que a taxa de ocupação dos frigoríficos em Mato Grosso recuou 2,89 pontos porcentuais em julho ante junho, ficando na média de 69,83%. “O maior número de dias úteis no mês influenciou para uma melhor distribuição dos animais e, consequentemente, uma maior ociosidade das instalações”, observou o Imea.
Já no acumulado de janeiro a julho, computou-se o menor resultado médio de toda a série histórica deste indicador, que teve início em 2010. A média mato-grossense de ocupação dos frigoríficos entre janeiro e julho deste ano foi de 71,93%, resultado 8,82 pontos porcentuais inferior a igual período de 2020. “As principais macrorregiões que influenciaram para este cenário foram a norte (-23,54%) e a centro-sul (-11,94%)”, cita o Imea. “Vale destacar que essa conjuntura foi intensificada pelo atual movimento de
retenção das fêmeas nos últimos anos, refletindo na menor oferta de animais.”
(AE)