Países que apresentarem casos atípicos de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), doença conhecida popularmente como “mal da vaca louca”, não serão mais obrigados a notificá-los à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). A informação foi divulgada, ontem (29), pelo Ministério da Agricultura, que participou, na semana passada, da 90ª Assembleia Mundial de Delegados da Organização Mundial de Saúde Animal em Paris, França.
A resolução foi acordada na assembleia e, segundo nota do ministério, trata-se de “um ganho muito positivo para países como o Brasil, pois pode favorecer futuras discussões técnicas de revisão de protocolo com países importadores (de carne bovina)”.
O Brasil vem tentando rever o protocolo sanitário desta doença principalmente com a China. De acordo com as regras atuais, mesmo em caso de caso atípico de EEB, o Brasil é obrigado a suspender, voluntariamente, as exportações da proteína para o gigante asiático, até que se comprove que se trata de caso atípico da doença – ou seja, que se desenvolveu no próprio animal, geralmente em função da idade avançada, e não ocorreu por fatores externos. Quando há a suspensão, porém, fica a cargo da China liberar novamente os embarques, o que pode demorar semanas ou até meses, desestruturando a cadeia bovina no Brasil.
(Broadcast)