(Reuters) – O Banco Central aumentou sua estimativa de crescimento para o mercado de crédito no país em 2018 a 3,5 por cento, acima da expectativa anterior de 3 por cento, afirmou nesta segunda-feira o chefe do departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha.
“A razão para este aumento é o desempenho do crédito livre, que tem sido bastante mais dinâmico nos últimos períodos”, disse Rocha, em coletiva de imprensa.
Agora, a expectativa é que o avanço nesse segmento, em que as taxas de juros são livremente fixadas pelos bancos, seja de 6 por cento em 2018, sobre patamar de 4 por cento visto na última divulgação das expectativas, em dezembro.
Segundo Rocha, colaboram para o maior otimismo as perspectivas de expansão da atividade econômica e também o ciclo de redução da política monetária. Na semana passada, o BC cortou a Selic em 0,25 ponto percentual, para a mínima histórica de 6,5 por cento ao ano, indicando claramente que deverá repetir a dose em maio.
Para o crédito direcionado, a perspectiva segue de crescimento de 1 por cento neste ano.
Refletindo o baixo apetite por crédito que ainda perdura no país, o estoque total de crédito caiu 0,2 por cento em fevereiro sobre o mês anterior, a 3,062 trilhões reais. Com isso, passou a responder por 46,4 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), divulgou o BC nesta tarde.
No segmento de recursos livres, houve retração de 0,1 por cento no último mês, ao passo que no segmento de recursos direcionados o recuo foi de 0,3 por cento.