Os custos de produção de frangos de corte e de suínos continuaram subindo em fevereiro em função da alta dos preços dos grãos. Avicultores precisaram desembolsar 6,9% mais para produzir, enquanto suinocultores tiveram um custo 3,74% maior na comparação com janeiro, segundo levantamento da Central de Inteligência de Aves e Suínos da Embrapa, divulgado nesta sexta-feira.
De acordo com a Embrapa, o ICPFrango, índice que mede o custo de produção, acumula alta de 12,02% nos primeiros dois meses de 2021 e de 48,30% em um ano. No mês passado, o índice alcançou o recorde de 378,56 pontos. Em dezembro de 2020, estava em 336,88 pontos. O principal motivo foi o crescimento de 13,26% nos gastos com alimentação animal desde o início do ano.
O levantamento também mostrou recorde para o ICPSuíno em fevereiro, a 393,48 pontos. O índice aumentou 4,84% nos últimos dois meses e 48,74% no último ano, segundo a empresa de pesquisa. “A nutrição dos suínos, item que compõe 82,16% dos custos de produção, aumentou 4,53% em fevereiro.”
A Embrapa afirma que o custo para a produção de um quilo de frango de corte vivo no Paraná subiu de R$ 4,58 em janeiro para R$ 4,89 em fevereiro. Em Santa Catarina, produtores gastaram R$ 6,88 por quilo de suíno vivo, ante R$ 6,63 no primeiro mês do ano. Os Estados são utilizados como referência por serem os maiores produtores dessas proteínas, respectivamente. (AE)