O governo federal já sinalizou que o auxílio emergencial deve voltar neste primeiro semestre, porém vai adotar novos critérios para definir quem deve receber o benefício. O Ministério da Cidadania, ao que tudo indica, já conta com um banco de dados pronto para determinar qual será a faixa de público da nova rodada de pagamentos.
A ideia é que os 14 milhões de beneficiários do Bolsa Família sigam recebendo as parcelas do auxílio e outros 19 milhões de trabalhadores fechem a conta de dependentes da prorrogação do programa em 2021. A soma chegaria em 33 milhões de beneficiários.
Os 33 milhões de beneficiários que o governo pretende atingir estão bem distantes das mais de 65 milhões de pessoas que receberam o auxílio de R$ 600 na primeira fase do programa, ou das 57 milhões de pessoas que receberam as parcelas de R$ 300 na reta final do ano passado.
O que se comenta nos bastidores é que o cruzamento de dados levou em consideração onze bancos de dados, como o Caged, INSS, MEI, CNIS, além de uma plataforma desenvolvida por três secretarias do governo. Essas informações devem servir como norte para o governo Jair Bolsonaro se orientar em benefícios futuros e, eventualmente, aprimorar programas existentes.
Com todas as informações reunidas, o governo consegue, consultando o CPF da pessoa, identificar se ele é servidor público, militar, aposentado, pensionista, empresário, além de descobrir quem são os dependentes daquela pessoa no Imposto de Renda.
Isso deve impedir distorções no programa e evitar que servidores e militares, por exemplo, recebam o auxílio indevidamente como aconteceu no ano passado.
Até o momento não foi definido um valor para as novas parcelas, mas a ideia é que o gasto total não ultrapasse R$ 50 bilhões no ano. Seguindo esse raciocínio, o mais provável é que os pagamentos cheguem a quatro parcelas de R$ 250. (Istoé)