O diretor-executivo da Associação Nacional da Pecuária Intensiva (Assocon), Bruno Andrade, disse ao Broadcast Agro que mesmo com a forte oscilação de preços o milho “se mantém como um dos principais produtos da dieta de confinamento”. Ele ressalta que é possível substituir o cereal por outros insumos, mas o grão continua sendo o preferido de boa parte dos confinadores do Centro-Oeste. O preço, sustentado também pela demanda das usinas de etanol, exigirá mais planejamento do confinador, diz ele. “Essas variáveis são novos desafios aos pecuaristas. Cada vez mais ele terá de adequar seu planejamento para a aquisição de insumos e venda de animais. Negociar balcão será cada vez mais arriscado.”

A novidade dentro do cenário brasileiro, segundo o executivo, é a divisão do protagonismo da engorda intensiva entre Goiás e Mato Grosso. “O Estado de Goiás mantém uma produção de aproximadamente 900 mil animais confinados (base 2018) e continua na liderança. Por outro lado, o Mato Grosso tem conseguido a dianteira na produção de animais em sistemas intensivos, considerando confinamento, semiconfinamento e todas as suas variações”, revela, sem especificar estes números.

De acordo com levantamento da Assocon em 1.400 unidades mapeadas no Brasil, 3.386.323 animais foram terminados em confinamento em 2018. Para 2019, de acordo com Andrade, “a expectativa é de estabilidade na produção ou mesmo redução”.