A produção global de carnes deve crescer em 2021, impulsionada principalmente pela carne suína, disse o Rabobank em resumo de relatório divulgado a clientes na quarta-feira (18).
“Em 2021, antecipamos crescimento da produção na maioria das regiões, com a maior mudança ocorrendo na Ásia, onde os impactos da peste suína africana estão diminuindo”, disse o Rabobank em seu website.
O crescimento da produção de carne suína na China é impulsionado pelo início da recuperação do setor após os impactos causados pela peste suína africana nos últimos anos. O banco espera forte crescimento para a produção de carne de frango do país e aumento marginal na de carne bovina.
“Esperamos que a produção de carne suína da China tenha provavelmente uma forte recuperação em 2021, devido ao aprimoramento da biossegurança”, disse a analista do Rabobank, Chenjun Pan, em podcast divulgado pelo banco.
Ela estima que a produção de carne suína na China deva crescer pelo menos 10% em 2021, podendo aumentar em até 20% se os surtos de peste suína africana durante o inverno no país, época em que os casos tendem a aumentar, forem limitados.
A analista disse que a demanda chinesa por carne bovina deve continuar forte, apesar do aumento na produção e na disponibilidade de outras proteínas. “Acredito que a demanda por carne bovina é bem resiliente. Esperamos que a China continue a ter fortes importações de carne bovina no próximo ano”, disse ela.
Após as disrupções causadas pela covid-19 na indústria global de carnes em 2020, com restrições em algumas unidades processadoras, no comércio internacional e na distribuição de produtos no segmento de food service, o Rabobank espera que 2021 seja um ano de recuperação.
Mas o setor de carnes global ainda deverá enfrentar desafios como altos custos nos preços de grãos.
No Brasil, o banco espera crescimento da produção de todas as proteínas animais, num ritmo mais modesto que em anos recentes, com exportações impulsionando a produção enquanto a demanda doméstica continua fraca. (CarneTec)