O Índice de Produção Agroindustrial (PIMAgro) calculado pelo Centro de Estudos em Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (FGV Agro) subiu 1,1% no ano passado em relação a 2021. O avanço de 2,5% no segmento de produtos alimentícios e bebidas mais do que compensou o recuo de 0,5% no grupo de não-alimentícios.
A expectativa até o mês passado era de um crescimento de 1,4% em 2022, mas dezembro terminou com queda de 1,6% em relação a igual mês do ano anterior. Foi o primeiro decréscimo mensal desde fevereiro, segundo a FGV.
“Essa desaceleração foi praticamente generalizada entre os setores agroindustriais, o que permite concluir que, mais do que algum problema específico da agroindústria, é reflexo da perda de dinamismo da economia nacional”, pontuam os pesquisadores.
O cenário para 2023 ainda é incerto, segundo a FGV. Internamente, a política monetária necessária para frear a inflação, a possível contração do mercado de trabalho e turbulências políticas podem dificultar um crescimento robusto do setor.
No mercado externo, uma expansão menor do que a observada no ano passado também joga contra o crescimento. No entanto, segundo os pesquisadores, desempenho da economia chinesa poderá trazer um alívio.
(Valor Econômico)