A Agrifatto fechou o número de abates em 2016 em 36,18 milhões de cabeças, uma queda de 1,3% em relação ao volume em 2015 em resposta à redução do consumo de carne bovina no Brasil.
Um efeito importante da crise no Brasil e no setor agropecuário é o aumento do abate informal, que saiu de 16% em 2015 para atingir 23% em 2016, compensando parte da queda registrada pelos números do IBGE no abate total calculado pela Agrifatto.
Isso vem em linha com o aumento do abate de frangos, que foi o principal substituto da carne bovina, e da produção de ovos.
Além disso, a queda do abate registrada pelos números do IBGE, combinada ao aumento da produção de couros, vem em linha com o aumento estimado do abate informal.
Outro dado interessante é o peso das carcaças que, se analisado em sua média ponderada de todas as categorias, subiu de 16,29 para 16,52 arrobas. Isso também confirma a maior participação de quem faz a engorda estratégica no total abatido.
Para se ter uma ideia, a Agrifatto estima que, em 2016, 15% dos abates tenham sido compostos por animais comercializados a termo, ou seja, o abate foi composto por gente mais tecnificada, que de fato enxergava oportunidade na venda do animal e queria um giro mais rápido.
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