A segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa começa no próximo dia 1º. Na maioria dos Estados serão imunizados animais com até 24 meses. Já no Acre, Espírito Santo, Paraná e parte de Roraima (reservas indígenas Raposa Serra do Sol e São Marcos) todo o rebanho será imunizado. Em maio receberam a vacina 197,87 milhões de animais, de um total previsto de 201,23 milhões de cabeças, ou 98,33% do total. Apenas Santa Catarina não vacina mais o rebanho.

Segundo o Ministério da Agricultura, atualmente o rebanho brasileiro de bovinos e bubalinos é de 217.493.867. Os estados com maior número de animais são Mato Grosso com 30 milhões de animais, seguido de Minas Gerais com 23,3 milhões de cabeças. São Félix do Xingu, no Pará, é a cidade com maior rebanho: 2,2 milhões de cabeças.

Conforme estimativas da Divisão de Febre Aftosa (Difa) do Ministério, em 2018 deverão ser utilizadas 337.713.800 doses de vacinas; em 2019, serão 308.235.501; em 2020, 269.395.197; em 2021, 155.118.834. Com a redução do uso da vacina, a partir de 2019, a economia será de R$ 44 milhões; em 2020, de R$ 102 milhões; em 2021, de R$ 274 milhões e, em 2022, de R$ 506 milhões, alcançando quase R$ 1 bilhão.

“Até novembro de 2019, com a retirada gradual da vacinação, o ganho direto do criador poderá ser revertido na melhoria do rebanho e da propriedade, com investimentos em insumos e tecnologia que irão trazer maior produtividade”, disse na nota o diretor do Departamento de Saúde Animal, Guilherme Marques. O Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA 2017-2026) dividiu o país em cinco blocos de Estados para a retirada completa da vacinação no país. (AE)