Os abates de bovinos no Brasil voltaram a subir no primeiro trimestre, os de suínos foram recorde e os de frangos caíram, segundo dados da pesquisa Estatística da Produção Pecuária divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quarta-feira (08).
Os abates de bovinos somaram 6,96 milhões de cabeças no primeiro trimestre, 5,5% acima do registrado no mesmo período do ano passado e praticamente estável em relação ao quarto trimestre de 2021.
Esse é o primeiro aumento para um primeiro trimestre, na comparação anual, após dois anos de queda.
A alta foi influenciada pelo maior abate de fêmeas, que vinham sendo poupadas pelo produtor para procriação, e crescimento na demanda de mercados importadores.
Os abates de suínos foram recorde para um primeiro trimestre, a 13,64 milhões de cabeças, alta de 7,2% em relação ao mesmo período de 2021 e de 1,5% na comparação com o quarto trimestre de 2021.
“Junto com esse recorde, houve uma queda nas exportações em comparação com o mesmo período do ano passado, o que aumentou a oferta no mercado interno”, disse o supervisor da pesquisa do IBGE, Bernardo Viscardi, em comunicado.
“O aumento da oferta num cenário de demanda enfraquecida por conta do menor poder aquisitivo das famílias contribuiu para a queda nos preços pagos ao produtor na comparação anual.”
O abate de frangos caiu 1,7% na comparação anual e 0,2% ante o quarto trimestre do ano passado, a 1,55 bilhão de cabeças.
“Essa queda é uma questão de regulação da cadeia de produção do frango. O setor segue com a demanda aquecida por conta da acessibilidade da proteína e das exportações em alta, mas o aumento de custos inibiu a expansão da atividade”, disse Viscardi.
“Como o ciclo de produção do frango é curto, cerca de 45 dias, é possível ajustar a oferta à demanda com mais agilidade.”
(CarneTec Brasil)