Gustavo Machado é engenheiro agrônomo e consultor de mercado pela Agrifatto
Caroline Matos é graduanda em zootecnia pela USP e estagiária pela Agrifatto
Segundo dados das Pesquisas Trimestrais de Abate de animais, divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (12/dez), foram abatidas 8,49 milhões de cabeças de bovinos no terceiro trimestre de 2019, alta de 7,0% em relação ao trimestre anterior (2ºTRI/19).
Os abates totais também se ampliaram na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo 2,13% frente as 8,14 milhões de cabeças no 3ºTRI/18.
Os estados que mais se destacaram foram: Mato Grosso do Sul (+147,07 mil cabeças), Mato Grosso (+103,55 mil cabeças), São Paulo (+85,33 mil cabeças), Minas Gerais (+33,37 mil cabeças), Santa Catarina (+17,79 mil cabeças) e Maranhão (+8,4 mil cabeças).
O Mato Grosso continua na liderança dos abates de bovinos, representando 18% do total do abate nacional, seguido por Mato Grosso do Sul (11,1%) e São Paulo (10,2%).
Seguindo a variação histórica, os abates de novilhas somaram 871 mil cabeças, caindo 11,99% quando comparado ao 2°T/2019 (em linha com a variação média dos últimos 10 anos, de -11,56%), porém avanço de 5,67 p.p. na comparação com o mesmo período do ano passado.
Os abates de vacas continuaram em queda, caindo 8,78% no 3ºTRI deste ano frente o período anterior, somando abate de 2,29 milhões de cabeças. O movimento segue sua sazonalidade, já que a maior participação dessa categoria se concentra no início de cada ano.
Além disso, os abates de vacas também caíram na comparação com o mesmo período do ano passado, ficando 4,51% menor frente as 2,4 milhões cabeças, com essa variação anual indicando retenção das vacas nos abates, e reforçando a ideia de virada do ciclo pecuário em 2020.
Os curtumes, investigados pela Pesquisa Trimestral do Couro, declaram ter recebido 8,59 milhões de peças de couro, volume que apresenta aumento de 2,4% em relação ao trimestre anterior, mas queda de 5,7% quando comparado ao terceiro trimestre de 2018.