Se por um lado a alta do dólar no início deste ano tem contribuído para aumentar a receita com a venda de algumas commodities agrícolas, por outro lado tem dificultado a vida dos produtores cujas culturas têm seu plantio concentrado em fevereiro – como o milho safrinha e o algodão.
Nos dois casos, a moeda americana em patamares historicamente altos, com valorização de 11,14% só em fevereiro, tem puxado o custo de produção no país.
De acordo com levantamento do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), o custo variável da lavoura de milho de alta tecnologia no Estado foi de R$ 2.444,28 por hectare no mês passado, alta de 2,03% ante o levantamento anterior, divulgado em janeiro.
Para o algodão, o instituto avalia um aumento de 1,68% nos custos de produção no mesmo período, estimado em R$ 8.344,08 por hectare.
Ainda de acordo com o instituto, também houve alta nos custos operacionais do algodão nesta temporada, de 1,56%, para R$ 9.002,86/ha. “Diante desse cenário, para que o cotonicultor do estado cumpra com seu compromisso é necessário que negocie sua pluma a um preço médio de R$ 72,06”, afirma o Instituto.
Câmbio
No caso do milho, o Imea ressalta que os produtores têm aproveitado a demanda aquecida pelo grão para fixar os custos da próxima temporada.
“Desse modo, a movimentação cambial traz oportunidades e desafios neste momento, um bom gerenciamento de custo e riscos poderá definir a rentabilidade da próxima safra pelo produtor”, conclui o Imea. (Globo Rural)