Os preços globais de carnes tiveram queda em fevereiro, na comparação com janeiro, influenciados pela redução nas importações chinesas impactadas por atrasos na movimentação de cargas nos portos, de acordo com o índice de preços de carnes da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) divulgado na semana passada.

O índice de preços de carnes da FAO teve queda de 2% em fevereiro, a segunda queda mensal consecutiva após quase um ano seguido de altas. No entanto, o índice ficou 9,8% acima do registrado no mesmo mês de 2019.

Em fevereiro, a movimentação de cargas nos portos chineses e a distribuição de produtos dentro do país asiático sofreram impactos relacionados à redução nas atividades diante do surto de coronavírus naquele país.

Executivos dos exportadores brasileiros de carne bovina Minerva e Marfrig confirmaram esses impactos no mês passado em teleconferências com analistas, quando já relatavam notar sinais de normalidade na logística na China.

A FAO disse que abates de ovinos na Nova Zelândia, motivados pelo cenário de seca no país, e a redução nos preços de carne de frango diante da menor importação pela Ásia, também afetaram a queda do índice de preços global de carnes.

A maior queda nos preços ocorreu na carne de ovinos, seguida da carne bovina, disse a FAO em comunicado.

No caso da carne suína, preços subiram marginalmente, refletindo oferta apertada na Europa.

O índice de preços de carnes da FAO considera uma média de 27 diferentes cotações de preços de carnes bovina, suína, de aves e de ovinos. (CarneTec)