Os preços do petróleo caíam nesta quarta-feira, devolvendo ganhos iniciais, pressionados por planos da Arábia Saudita para ampliar a capacidade de produção pela primeira vez em mais de uma década e pela demanda enfraquecida devido ao coronavírus.

O petróleo Brent recuava 1,2 dólar, ou 3,22%, a 36,02 dólares por barril, às 8:45 (horário de Brasília). O petróleo dos Estados Unidos caía 1,09 dólar, ou 3,17%, a 33,27 dólares por barril.

Depois do colapso de cortes coordenados de oferta por Arábia Saudita, Rússia e outros, o governo saudita determinou à petroleira Saudi Aramco que amplie sua capacidade de produção para 13 milhões de barris por dia, ante 12 milhões de bpd atuais.

“A estratégia de ‘choque e terror’ saudita sugere a nós que, para levar a Rússia de volta à mesa de negociações, ela fala sério sobre causar severas dores a todos produtores de petróleo em termos de preço e receitas”, escreveram analistas do UBS em nota.

“Estoques mais elevados do petróleo deverão provavelmente pesar sobre os preços nos próximos meses.”

O ministro de Energia russo, Alexander Novak, disse que os planos sauditas de elevar a produção “provavelmente não são a melhor opção”, acrescentando que o governo da Rússia fez diversas ligações a países da Opep e outros, mas que nenhum parceiro aceitou sua proposta.

A Rússia defendeu que os cortes de oferta de petróleo de um acordo anterior da Opep+ fossem mantidos inalterados. (Reuters)