Milho
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou ontem o seu novo relatório mensal de oferta e demanda, com baixo impacto sobre as cotações dos grãos.
O Departamento preservou seus números de estoques para o milho e também para a soja, enquanto o mercado esperava que a reserva com o cereal seria reduzida e com o grão ampliada.
Mas o USDA manteve a previsão de armazenamento de 48,07 milhões de toneladas de milho, e produção de 347,78 milhões de tons.
Para o Brasil e Argentina, as produções foram mantidas em 101,00 e 50,00 milhões de toneladas, respectivamente. Além disso, a expectativa é que ambos os países tenham estoques de passagem bastante encurtados, ao redor de 4,25 milhões de toneladas.
Por fim, o milho em Chicago manteve seu movimento de recuperação, subindo 1% no pregão da véspera e fechamento em US$ 3,75/bushel (vencimento para maio/20).
Boi gordo
A arroba do boi gordo passou por revisões negativas em algumas praças analisadas pela Agrifatto. Nas praças paulistas, a média das negociações estão ao redor de R$ 200,00/@, mas encerrou a última semana em R$ 203,25/@.
A baixa dos preços está associada ao aumento das escalas de abate, movimento mais nítido em São Paulo, onde as programações encerraram a terça-feira com 6 dias úteis.
Houve baixo registro de negociações, e relatos de que as indústrias diminuíram seu ritmo de compras, atentas ao fluxo de saída de carne bovina no atacado.
Ainda sobre o mercado atacadista, apesar de estoques abastecidos, a carcaça casada bovina tem se mantido ao redor de R$ 13,30/kg (com manutenção na semana).
Soja
O mercado esperava que o relatório mensal de oferta e demanda do USDA traria números maiores aos estoques norte-americanos, com potencial de reduzir os preços futuros em Chicago.
Entretanto, o departamento praticamente não fez nenhuma alteração em suas previsões para a safra de soja 2019/20 nos Estados Unidos.
As previsões ainda indicam estoques de passagem em 11,56 milhões de toneladas, contra 11,55 milhões de tons do boletim anterior e expectativa do mercado em 11,98 milhões de toneladas).
Mas o USDA aumentou a sua expectativa para a produção na América do Sul, aumentando a produção brasileira de 125 para 126 milhões de toneladas e a Argentina de 53 para 54 milhões de tons.
O relatório causou pouco impacto na CBOT, que continuou com sua recuperação e encerrou o último pregão (10) em US$ 8,76/bushel (+0,72%).