A Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul recomendou hoje, em nota, que os pecuaristas vacinem seus rebanhos contra febre aftosa já na segunda quinzena de março, a partir do dia 16. O argumento para imunizar os animais o quanto antes – a campanha vai até 14 de abril – é para “evitar imprevistos”. “Assim, as empresas terão uma gestão adequada de seus estoques e evitará a falta da vacina pela procura de última hora”, destaca o secretário de Agricultura do RS, Covatti Filho.
Como o Rio Grande do Sul obteve, do Ministério da Agricultura, autorização para antecipar a imunização do rebanho, há o risco de não haver estoques suficientes da vacina, já que as indústrias teriam de ter o imunizante disponível em quantidade suficiente apenas em maio, mês tradicional da campanha.
Conforme a nota, a estratégia de antecipar a vacinação objetiva obter, num segundo momento, o reconhecimento internacional do Estado como área livre de aftosa, sem vacinação, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). No Brasil, apenas Santa Catarina detém este status. O Paraná também caminha para isso e, desde o fim do ano passado, não vacina mais os rebanhos. Agora, o Rio Grande do Sul segue a mesma trilha.
Conforme a secretaria, estima-se que 12,6 milhões de bovinos e bubalinos de todas as idades sejam vacinados entre março e abril no Estado. (AE)