As exportações brasileiras de carne de frango somaram 672,2 mil toneladas nos primeiros dois meses do ano, uma alta de 12,3% em relação ao mesmo período do ano passado, com forte crescimento das vendas para a China, segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
“Os impactos da Peste Suína Africana continuam a ditar o comportamento deste mercado, assim como em outros países asiáticos”, disse o presidente da ABPA, Francisco Turra, em nota divulgada pela entidade na quinta-feira (05).
A extensão do Ano Novo Chinês neste ano e as questões logísticas relacionadas às medidas para conter o surto de coronavírus não reduziram a demanda chinesa por carne de frango do Brasil, segundo Turra. “Ao contrário, houve um impulso pouco comum para o período.”
A China respondeu por 17,5% de todo o volume de carne de frango exportado pelo Brasil no primeiro bimestre, tendo importado 115,4 mil toneladas no período, alta de 59% ano a ano.
Outros países asiáticos também elevaram as compras do produto, incluindo a Coreia do Sul (+12,5%, 17,5 mil toneladas), Filipinas (104%, 14,7 mil toneladas) e Cingapura (49%, 18,3 mil toneladas).
“A Ásia se consolidou como o principal destino das importações de carne de frango do Brasil. Este é um fato favorável, especialmente quando verificamos que o preço médio praticado nas vendas para esta região do globo é superior à média geral das exportações”, disse o diretor executivo da ABPA, Ricardo Santin.
A receita gerada pelas exportações brasileiras totais de carne de frango no primeiro bimestre foi de US$ 980,4 milhões, 10,5% superior ao faturamento do mesmo período de 2019.
Somente no mês de fevereiro, as exportações de carne de frango somaram 348,4 mil toneladas, alta de 10% ano a ano, gerando receita de US$ 553,8 milhões, 5,2% maior que a do mesmo período do ano passado. (CarneTec)