Milho

Não há novidades para o mercado físico do milho, ou seja, o cenário continua sendo regido pela baixa oferta, com produtores resistentes em entregar o baixo volume que compõem nossos estoques de passagem.

Nesse ambiente, as cotações no spot passaram por revisões positivas ao longo da última semana, com reportes de negociações em R$ 55,00/sc em São Paulo (valores acima da referência do CEPEA).

Em Rondonópolis/MT, houve reporte de negociações por R$ 43,00/sc (FOB), e não estão descartados novos reajustes positivos no curto prazo.

E se os preços estão em alta no Brasil, o cenário é diferente para o milho norte-americano. O contrato para março/20, por exemplo, mostra forte resistência em superar o valor em US$ 3,90/bushel – pressionados ainda pelo surto do Coronavírus.

Boi gordo

Após o carnaval, os participantes do mercado ficaram mais ativos nas negociações. A primeira semana de março trouxe boas expectativas para o mercado spot, com a arroba ganhando força nas principais regiões produtoras do Brasil.

Em São Paulo, as cotações estão balizadas em aproximadamente R$ 203,00/@ e as escalas de abate girando ao redor de 6 dias úteis.

No mercado atacadista paulista, a carcaça casada bovina encerrou a semana cotada em aproximadamente R$ 13,20/@, com tendência de baixa. O fato está relacionado a algumas indústrias que já reabasteceram seus estoques e aguardam como será o fluxo de saída de proteína bovina nesta primeira quinzena do mês.

A boa notícia é que as operações nos portos chineses começam a se normalizar após ter sua capacidade comprometida pelo surto de coronavírus. A notícia aumenta a expectativa de que o gigante asiático volte as compras de commodities brasileiras, principalmente carne bovina, o que pode dar um ânimo nas cotações.

Soja

Assim como observa-se para o milho, os futuros da soja em Chicago também mostram resistência em conseguir emplacar altas mais consistentes.

O contrato mais curto, para março/20, por exemplo, recuou 1,0% (equivalente a US$ 9,00cents/bushel) no último pregão da semana passada (06/mar), acumulando queda de 0,23% ao longo da semana.

Este mesmo vencimento exibe dificuldades em consolidar preços acima deus$ 9,00/bushel, já que não há sinais que confirmem a demanda chinesa pelo produto norte-americano.

Neste sentido, o relatório semanal de exportação do USDA reportou vendas de 345 mil toneladas – desempenho 35% menor frente a média das 4 semanas anteriores.