Caroline Matos é zootecnista e trainee pela Agrifatto
Gustavo Machado é engenheiro agrônomo e consultor de mercado pela Agrifatto
O surto do Coronavírus comprometeu a capacidade operacional dos portos chineses, após forte redução de mão-de-obra disponível no período. Além disso, como a crise coincidiu com o Ano Novo Chinês, ampliou-se a janela de tempo que a China se ausentou de novas compras.
A boa notícia é que o fluxo de cargas começar a normalizar e as operação comerciais também começam a entrar em fase de recuperação, afirmou a CMA CGM (principal empresa francesa de transporte de contêineres) em um comunicado sobre o coronavírus repostado pela Portos e Navios.
Destacamos que todos os portos, exceto de Wuhan, permaneceram operando com atividade reduzida.
A CMA CGM afirma que as atividades de manufatura na China estão retornando à normalidade gradualmente, na medida em que trabalhadores e caminhoneiros reassumem suas posições. O fato está relacionado principalmente a diminuição no número de novos casos de coronavírus na China, até então considerado epicentro do vírus.
A OMS (Organização Mundial de Saúde), a fim de diminuir o número de infecções, propôs um monitoramento cuidadoso das atuais restrições e reuniões públicas. Sendo assim, as medidas de quarentena estão começando a diminuir, possibilitando o retorno dos trabalhadores e da mão de obra migrante, e posteriormente reabertura das escolas e novos levantamentos de outras medidas empregadas.
A notícia aumenta a expectativa de que o gigante asiático volte as compras de commodities brasileiras, principalmente carne bovina, o que pode dar um ânimo nas cotações.