Milho
O mercado físico em todo país já começa a mostrar revisões positivas, pressionados pelos estoques encurtados, e mais recentemente, por preocupações sobre clima em algumas regiões produtoras;
Nesse ambiente, o balcão no Mato Grosso do Sul continua balizado ao redor de R$ 45,00/sc (FOB) – retirada imediata, embora sejam raras as vendas realizadas. Cenário parecido é observado em Goiás, com liquidez enxugada e preços em torno de R$ 48,00/sc (na semana anterior balizava-se em R$ 45,50/sc).
Com o mercado olhando para a baixa oferta no spot neste momento, os futuros também avançam e valorizam toda a curva futura.
No último pregão (05/mar), os contratos mais longos (até então com altas mais comedidas), conseguiram avançar com mais força. O julho/20 subiu 0,64% para R$ 45,70/sc e o setembro/20 avançou 0,82% para R$ 44,13/sc.
Boi gordo
O mercado do boi gordo segue firme, e segundo o indicador Cepea, a arroba subiu aproximadamente 4,42% no último mês. Movimento especialmente relacionado a oferta restrita e as boas condições das pastagens que permitem retenção dos animais.
Outro fator de sustentação é a expectativa nessa primeira quinzena do mês com a chegada dos salários, momento sazonal de melhora das vendas de carne bovina no varejo motivado pela maior capitalização da população.
No varejo, a carcaça casada bovina está sendo negociada na faixa dos R$ 13,00 – 13,50/@, com algumas vendas abaixo desses patamares.
Na B3, os contratos futuros também estão firmes. Contrato para março, o mais negociado do dia, encerrou a quinta-feira a R$ 204,90/@ – alta de 0,42% ante a véspera.
Soja
As altas do câmbio seguem surpreendendo o mercado, renovando suas máximas quase que diariamente nos últimos 30 dias.
O câmbio fechou em R$ 4,65 (+1,54%) na véspera (05/mar), colaborando para indicações ainda mais altas para a soja em plena colheita.
Com o dólar mais alto, a referência da soja do CEPEA disparou, acumulando valorização de 8% desde o início de fevereiro/20 (equivalente a valorização de R$ 6,84/sc em 30 dias).
Enquanto isso, os preços em Chicago perderam fôlego, e já mostram resistência em continuar seu movimento altista registrado na última semana. A recuperação segue limitada por falta de novidades sobre a demanda internacional sobre o produto norte-americano.