Milho
O relatório do Imea desta semana chamou a atenção para um fator que tem sido cada vez mais importante na precificação do cereal: o rápido avanço das vendas antecipadas.
De acordo com o Instituto, o Mato Grosso já vendeu 64,55% do milho que está sendo semeado neste momento, com avanço de 7,56 p.p. das vendas ao longo de janeiro/20.
Neste mesmo período do ano passado, a comercialização que já estava historicamente adiantada, registrava venda de 40,6% da safra recorde que foi colhida.
O interesse de venda do produtor aconteceu por valorização cambial (+0,93% em jan/20 ante o mês anterior), e devido a aquecida demanda interna (especialmente usinas de etanol e confinamentos no estado).
Por fim, destacamos ainda o rápido avanço do plantio da safrinha no MT, 39% da área projetada já foi plantada, com avanço semanal de 17%.
Boi gordo
A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) afirmou que o setor de supermercados registrou alta de 3,62% nas vendas em 2019 ante o ano anterior. O resultado ultrapassa a expectativa de 3,00% estimada pela associação.
Segundo a Abras, o preço da cesta básica subiu 8,11% entre novembro e dezembro do ano passado quando somou R$ 522,35. Dentre os produtos que registraram maior alta estão as carnes dianteiras (16,71%) e carnes traseiras (15,56%).
Na B3, o mercado futuro continua firme, o contrato para fevereiro, o mais negociado do dia, encerrou a quarta-feira a R$ 199,00/@ – avanço de 0,56% (+R$ 1,10) ante a véspera.
Ontem (12), o indicador Cepea/Esalq fechou em R$ 197,55/@, alta diária de 0,95%.
Soja
O Imea também destacou as vendas antecipadas da soja, com avanço de 8,9 p.p. em janeiro, alcançando 67,95% da safra já comercializada.
Destaque que a proporção vendida de soja está ligeiramente acima da porcentagem vendida de milho, fator que chama atenção para as vendas do cereal.
As vendas da safra 2020/21 também estão a todo vapor, com avanço ao longo de janeiro de 8,4 p.p. e alcançando proporção de 13,21% da produção total estimada.
Outro ponto importante levantado pelo Imea fica para a motivação das vendas adiantadas, destacamos: dólar valorizado e temor que a demanda chinesa pelo grão seja deslocada para os EUA após o acordo comercial.
Neste sentido, a expectativa é que a China continue focada na soja brasileira neste 1º semestre, mas com maior possibilidade de se voltar ao produtor norte-americano no 2º semestre.