(Reuters) – O Fundo Monetário Internacional disse nesta quinta-feira que está monitorando de perto o surto de coronavírus na China, mas é muito cedo para quantificar o impacto econômico potencial do vírus, que já prejudicou o turismo e o comércio por todo o país.
O porta-voz do FMI, Gerry Rice, disse em uma entrevista coletiva regular que o impacto direto na demanda de consumidores e empresas foi mais severo na província de Hubei, epicentro do surto, e que a extensão do impacto depende da rapidez com que o vírus desaparecer.
Rice acrescentou que a China tem espaço fiscal suficiente para sustentar sua economia durante a crise, se necessário, e garantir que famílias e empresas tenham acesso ao crédito.
“Vimos os impactos diretos, principalmente sobre a demanda, pois as pessoas ficaram em casa na China, e o que geralmente é uma temporada movimentada de varejo e turismo praticamente parou”, disse Rice. “Ao mesmo tempo, no lado da oferta, houve paradas na produção, atrasos e atritos no transporte e trabalhadores que ficaram em casa.”
Rice disse que o surto está tendo um impacto indireto na confiança do mercado e na incerteza dos negócios, o que afetou os mercados de ações e títulos em outros lugares, com os mercados chineses fechados para o feriado do Ano Novo Lunar.
“Qual é o tamanho exato do impacto é difícil dizer neste momento”, disse Rice, acrescentando que até agora foi mais severo na província de Hubei, que representa cerca de 4,5% da produção econômica chinesa.
Mas as restrições de transporte podem afetar as vendas e a atividade econômica em toda a China, disse.