Milho

No início desta semana, o Imea divulgou seu novo relatório semanal, o destaque no boletim fica para os avanços da semeadura no Mato Grosso.

A alta capacidade operacional permitiu retirar a soja do campo e acelerar o plantio do milho safrinha, com avanços de 7,92% na última semana e alcançando 9,82% da área prevista.

A proporção semeada está 0,54 p.p. acima da média das últimas 5 temporadas, mas ainda atrás do rápido desenvolvimento do plantio do ano anterior, já que nesta mesma época em 2019 o estado tinha semeado 15,33% da área prevista.

Além disso, o Instituto também traz perspectivas para as condições climáticas, reduzindo os riscos no curto prazo.

Ao longo de fevereiro, a expectativa fica para acumulado ao redor de 200mm, o que diminui os riscos neste período. Mas o Imea coloca no radar a possibilidade de período mais seco a partir da metade de março, o que pode gerar um mercado climático com maior volatilidade as cotações.

Boi gordo

O relatório do Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) divulgado nesta semana apontou que o diferencial de base entre o Mato Grosso e São Paulo durante o ano de 2019 contou com variações positivas e negativas.

Em junho/19 o indicador alcançou o menor patamar do ano (-9,84%), atrelado principalmente ao caso atípico de vaca louca que enfraqueceu as cotações em ambas as regiões.

Entretanto, em novembro/19, quando as cotações atingiram níveis recordes, o diferencial de base entre esses dois estados se ampliou, batendo a marca de -16,45%, momento em que as cotações em São Paulo chegavam a R$ 201,26/@ enquanto no Mato Grosso estavam a R$ 168,07/@.

Atualmente o diferencial de base encontra-se em 11,30% – valor próximo da média histórica registrada em 11,75%.

A disparada nas cotações estava relacionada a escassez de boiada pronta para abate e as exportações em alta.

Soja

E o ritmo positivo para a semeadura do milho vem na esteira de uma rápida colheita da soja, com os avanços colocando 14,42% da soja já retirada dos campos.

Ainda segundo o Instituto, a proporção está 1,33 p.p. acima da média das últimas 5 temporadas, mas ainda atrás dos trabalhos a campo na temporada 2018/19 – nesta mesma época do ano passado, 25,6% da área já tinha sido colhida.

Além disso, os níveis de produtividade estão se mostrando positivos, com as estimativas atuais apontando para média no estado em 56,28 sacas por hectare, colaborando para a expectativa de se alcançar um novo recorde de produção.

Por fim, a previsão de período mais seco no curto prazo, também aponta para continuidade do ritmo aquecido dos trabalhos a campo.