Milho
A comercialização do cereal no mercado físico segue em passos lentos, já que os agricultores se voltam cada vez mais para a colheita e comercialização da soja.
Além disso, produtores podem aguardar uma melhor definição da safrinha para a realização de novas vendas futuras.
Enquanto isso, as indicações para exportação começam a aparecer, colocando no radar a possibilidade de reaquecimento no mercado internacional.
O mercado também continua atento as condições de clima, e a possibilidade de atraso da semeadura da safrinha pode elevar as especulações climáticas e ampliar a volatilidade dos preços.
Por enquanto, os futuros abrem o pregão dessa semana mais fracos (27/jan), com os contratos mais curtos operando em campo negativo.
Boi gordo
A carcaça casada no atacado paulista continua perdendo força, ocasionado pelo baixo escoamento de carne bovina no mercado doméstico, como aponta o último levantamento do Cepea, cotada em R$ 13,31/@ (queda de 1,92% na comparação semanal).
Entretanto, há registros de negociações abaixo disso, orbitando a faixa dos R$ 11,00 e R$ 11,50/kg – mesmos preços vistos em outubro/19.
Para as próximas semanas, há expectativa que as vendas da proteína bovina se aqueçam, movimento tipicamente sazonal de início do mês.
Se confirmado o maior fluxo de vendas de carne bovina, o mercado pecuário também pode registrar preços mais fortalecidos para a arroba do boi gordo.
Na sexta-feira (24), o indicador Cepea/Esalq fechou cotado em R$ 187,00/@ – queda de 2,20% na comparação diária.
Soja
Essa semana deverá ser marcada por menor fluxo de negociações no Brasil. Esse cenário é previsto pelo Ano Novo na China, queda dos preços futuros da soja em Chicago e perspectiva de clima mais úmido comprometendo o ritmo de colheita.
Após o período de festividades na China, as expectativas ficam para gradual retomada das negociações, já que há espaços a serem preenchidos nos carregamentos dos próximos meses.
Aliás, o carregamento dos navios nos portos pode seguir em ritmo lento nesta semana, devido às chuvas na maioria das regiões produtoras.
Nesse sentido, a possiblidade de menor oferta do grão nos portos pode sustentar os prêmios da soja, compensando, em alguma medida, as quedas em Chicago.
Além disso, a variação dos preços domésticos também seguir a movimentação cambial, que pode ficar ainda mais volátil após a disseminação do Coronavírus.