O ritmo das exportações diminuiu expressivamente na terceira semana deste mês, é o que dizem os números parciais do Ministério da Economia nos 12 primeiros dias úteis do mês.
A média diária foi ajustada de 7,9 para 6,1 mil toneladas – queda de 23%.
O recuo dos embarques na metade deste mês é sazonal, já que a carne exportada neste momento foi negociada há algumas semanas, período em que os animais jovens (aptos para exportação) começaram a se tornar escassos.
Nesse sentido, vale lembrar que os preços recordes alcançados ao final de 2019 eram convidativos ao abate de animais, incentivando a antecipação da oferta de bovinos prontos, interpretação corroborada pelos números do Sistema de Inspeção Federal (SIF) no período.
É fato que a China deve diminuir seu ritmo de compra nos próximos dias, devido ao ano novo chinês, mas a queda dos embarques neste momento pode estar mais relacionada à menor disponibilidade de animais prontos para o mercado asiático.
Portanto, se o cenário acima se confirmar, é possível que o volume de embarques reduza mais nas próximas semanas. Além disso, fica no radar a possibilidade de prêmios maiores pelas categorias jovens, caso haja reaquecimento das negociações com a China após o período festivo.
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