Milho
A comercialização no mercado físico continua lenta, com produtores ofertando pouco volume de milho, fazendo o mercado seguir com cotações firmes e dificultando a renovação dos estoques.
O milho no MS fica balizado ao redor de R$ 42,00/sc (FOB – retirada imediata), já o milho safrinha tem indicações ao redor de R$ 35,00/sc – sinalizando queda de 16,6% até agosto/19.
Mas enquanto os preços continuaram sustentados no mercado físico, os preços futuros passaram por importantes correções técnicas nesta semana.
O contrato para julho/19 recuou 0,93% no último fechamento, acumulando queda de 2,67% desde a máxima recente (R$ 45,00/sc no dia 09 de jan/20).
Já os vencimentos mais curtos mostraram cotações mais firmes, o março/20, por exemplo, caiu 0,96% desde o último dia 09/jan).
Boi gordo
Com a chegada da segunda quinzena do mês e a o lento escoamento de carne bovina no atacado, a arroba vem sofrendo pressão negativa.
Nas praças paulistas, o suporte de preço do boi gordo em R$ 190,00/@, patamar estabelecido em dezembro, pode ser perdido nos próximos dias se a demanda interna e para exportações continuarem em ritmo mais fraco.
A carcaça casada bovina já foi registrada a R$ 12,00/kg no atacado em São Paulo, levando a um equivalente físico de R$ 180,00/@, adicionando um fator de pressão negativa ao mercado.
No Mato Grosso, segundo o relatório do Imea divulgado nesta semana, os cortes de carne bovina vendidos no mercado atacadista acumulam queda de 17,65% em 30 dias.
Soja
Apesar da assinatura de um acordo entre EUA e China, episódio que poderia dar fôlego para as cotações em Chicago, dúvidas em relação ao ritmo e tamanho das compras chinesas pressionaram para baixo os preços na CBOT.
O contrato para mar/20 recuou 1,6% desde assinatura da primeira parte do acordo entre os dois países na última quarta-feira (15).
Portanto, o desempenho dos preços nos próximos dias deve depender do ritmo de compras chinesas, ou seja, se a demanda do país asiático continuar voltada para o produto brasileiro (em início de colheita), os prêmios por aqui perdem menos força.
Mas se a necessidade chinesa pelo grão for gradualmente sendo redirecionada para o grão norte-americano, os preços em Chicago devem passar por rodadas de valorizações e quedas mais acentuadas dos prêmios brasileiros.