Milho
Na última segunda-feira (13/jan), o Cepea divulgou uma nota com informações sobre o mercado de milho.
O Centro de Estudos destacou especialmente as indicações fortalecidas pela matéria-prima, com os preços pautados no mercado pouco ofertado, e negociado acima de R$ 50,00/sc (o maior valor nominal desde junho de 2016).
Um ponto fundamental para os preços elevados fica para o desempenho das exportações em 2019, somando 44,9 milhões de toneladas entre janeiro e dezembro/19 – alta anual de 88%.
Além das exportações enxugando a disponibilidade do cereal, produtores estão voltados para as lavouras, atentos a produtividade antes de efetivarem novos negócios.
Por fim, o CEPEA destaca ainda que as altas não foram ainda mais intensas pelo afastamento também da ponta compradora, que aguarda avanço da colheita em algumas regiões paulistas.
Boi gordo
Apesar da oferta enxuta de animais terminados, a indústria também continua com menor ritmo de compra.
No mercado atacadista, a carcaça casada bovina está sendo cotada a aproximadamente R$ 13,38/kg – baixa de 2,23% na comparação semanal e queda de 4,02% na comparação mensal.
O spread (diferença de preços entre a carne bovina vendida no atacado e a arroba do boi gordo), na parcial deste mês, está em 4,16%.
Ontem (14), o indicador Cepea/Esalq fechou cotado em R$ 193,95/@ – queda de 1,20% na comparação diária, com máxima e mínima registradas em R$ 202,29 e R$ 183,45/@, respectivamente.
Na B3, o contrato para janeiro/20, o mais negociado do dia, encerrou a terça-feira (14) em R$ 192,20/@ – queda de R$ 1,05 na variação diária. O fevereiro/20 fechou a R$ 191,35/@ (-R$ 0,85/@).
Soja
Os preços da soja estão relativamente firmes em diferentes regiões brasileiras, as valorizações aconteceram na esteira de alta para os prêmios nos portos brasileiros, movimento que ganhou força na última semana (devido ao maior interesse de compra chinês).
Mas o apetite do gigante asiático diminuiu nos últimos dias, especialmente pela expectativa de assinatura da ‘Fase 1’ de um acordo comercial entre EUA e China.
Este primeiro acordo determina que as compras chinesas de produtos agrícolas dos EUA aumentem US$ 32 bilhões nos próximos dois anos. Mas há dúvidas sobre a velocidade e a intensidade das compras asiáticas.
Mas o redirecionamento da demanda chinesa para o grão norte-americano pode elevar os preços em Chicago, enquanto os prêmios nos portos brasileiros podem passar por importantes correções negativas.