Milho
Com as negociações travadas nas últimas semanas, as indicações no mercado físico ficaram praticamente preservadas.
O indicador do CEPEA oscilou ao redor de R$ 48,50/sc nos últimos dias, mas ganhou força em seu último fechamento, subindo 0,99% para R$ 48,91/sc.
Em Rio Verde/GO, as pedidas de compra no mercado físico orbitavam R$ 43,50/sc (FOB) para retirada e pagamento imediatos, mas sem registro de novos acordos. Em Sorriso/MT, as propostas ficam em torno de R$ 33,00/sc (FOB), com o mesmo cenário de negócios lentos.
Já os futuros começaram o ano com novas altas, o contrato para março/20 avança 0,55 pontos nesta manhã (06/jan), alcançando parcial em R$ 50,50/sc.
O período mais seco no RS aumenta o temor de perdas em sua safra de verão, pressionando positivamente os contratos em bolsa. Portanto, o mercado climático ganha fôlego neste começo de 2020, e deve pautar as movimentações dos preços no curto prazo.
Boi gordo
Nas últimas semanas o mercado do boi vem registrando baixa liquidez de negociações, em decorrência das festas de final de ano, período em que muitos participantes estavam em recesso.
Com isso, as escalas de abate na maior parte das praças ficaram mais curtas, demonstrando também a cautela das indústrias sobre o escoamento de carne bovina no mercado interno durante o mês de janeiro.
Em São Paulo e Mato Grosso do Sul as programações médias de abate estão relativamente mais alongadas, girando em torno de 6,0 e 5,5 dias úteis, respectivamente.
Destaca-se ainda que existe baixa uniformidade entre as indústrias nesses dois estados, ou seja, existem poucas plantas com programações mais confortáveis e predomínio de frigoríficos com escalas encurtadas.
Na sexta-feira (03), o indicador Cepea/Esalq fechou cotado em R$ 196,70/@ – avanço de 1,94% na comparação diária, com mínima e máxima registradas em R$ 186,98 e R$ 204,56/@, respectivamente.
Já na B3, o contrato com vencimento em janeiro fechou em R$ 197,00/@, caindo R$ 1,75/@ na comparação diária.
Soja
Em notícia divulgada neste início de semana, a China informou que deve enviar uma delegação comercial para Washington no próximo dia 13 de janeiro para a assinatura da Fase 1 de um acordo comercial com os EUA.
A confirmação de avanço das negociações entre os dois países deve ser bem recebida pelo mercado, por confirmar uma acomodação da tensão entre os dois países.
Por outro lado, a procura chinesa pela soja norte-americana pode se expandir, colocando no radar impactos negativos sobre os embarques do grão brasileiro.
Mas enquanto a disputa sino-americana esfria, a nova tensão entre EUA e Irã entraram no radar, causando um movimento de aversão ao risco e queda das commodities agrícolas em Chicago.
Na última sexta-feira (03/jan), o contrato para março/20 recuou 1,5%, com as novas quedas nesta manhã colocando a sua parcial em US$ 9,39/bushel – o menor patamar em mais de 2 semanas.