O mercado chinês foi o principal comprador das carnes de frango e suínos do Brasil neste ano. Dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que o país asiático elevou em 28% as importações da ave, de janeiro a novembro, para 513 mil toneladas, em relação ao igual período de 2018. Na área de suínos, a importação da China avançou 51% nos 11 meses de 2019, para 218 mil toneladas.
O presidente da ABPA, Francisco Turra, lembra que o aquecimento nas compras chinesas foi causado pelo surto de peste suína africana (PSA) naquele país. Segundo ele, em decorrência do problema sanitário, os preços da proteína saltaram 82% na China e as importações do país asiático aumentaram 43,6% em 2019. Em 2018, o principal exportador do setor foi a União Europeia.
No acumulado de janeiro a novembro, as vendas brasileiras de carne suína somaram 674,2 mil toneladas, 14,4% maiores que o registrado no mesmo intervalo do ano passado. Em receita, o valor alcançou US$ 1,413 bilhão, alta de 27,9% em relação a 2018. “No mundo, quem pode crescer na produção de suínos é o Brasil, porém, no máximo 4% porque não temos matrizes suficientes para avançar mais do que isso”, explica o executivo. (AE)