O Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR, na sigla em inglês) comemorou a decisão de China de suspender a proibição de importação de carne de aves dos Estados Unidos. “Os Estados Unidos saúdam a decisão da China de finalmente suspender sua proibição injustificada de aves e produtos avícolas dos EUA. Esta é uma ótima notícia para os agricultores da América e para os consumidores da China”, disse o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, em nota divulgada há pouco.
Segundo Lighthizer, com o fim do embargo, exportadores dos Estados Unidos poderão vender cerca de US$ 1 bilhão em carne de aves e produtos avícolas por ano para a China. “A reabertura da China para as aves domésticas dos EUA criará novas oportunidades de exportação para nossos produtores de aves e apoiará milhares de trabalhadores empregados pela indústria avícola dos EUA”, afirmou o representante comercial.
A reabertura de mercado também foi comemorada pelo secretário da Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue. “Depois de ficarem fora desse mercado há anos, os produtores e exportadores de aves dos EUA recebem com satisfação a reabertura do mercado chinês para seus produtos”, disse no comunicado. “Continuaremos nosso trabalho para expandir o acesso ao mercado em mercados importantes como a China e outros países, para apoiar nossos produtores e gerar mais empregos nos EUA”, acrescentou o secretário.
No início da manha desta quinta-feira, o Departamento de Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês) informou que havia liberado a importação de carne de aves dos Estados Unidos. A medida tem efeito imediato e os produtos avícolas norte-americanos que atendem à regulamentação chinesa já podem entrar no país, informou o GACC.
A proibição estava em vigor desde 2015, quando foram registrados surtos de gripe aviária nos EUA. A liberação já havia sido anunciada anteriormente como parte das negociações comerciais entre os dois países, mas ainda não havia sido oficializada. Como parte do acordo com Washington, Pequim está se comprometendo em aumentar as compras de produtos agrícolas. A medida ocorre em meio à epidemia da peste suína africana (ASF, na sigla em inglês) que dizimou aproximadamente metade do plantel chinês de suínos. Com o avanço da doença, a China tem aumentado a importação de proteínas animais, em alternativa para abastecimento doméstico
De acordo com dados divulgados pelo USDA, os EUA são o segundo maior exportador de carne de frango e produtos avícolas do mundo. No último ano, as exportações do setor geraram receita de US$ 4,3 bilhões. (AE)